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segunda-feira, 30 de maio de 2016

Deadpool, de Tim Miller


Depois do fiasco que foi a aparição de Deadpool no filme “X-Men Origens: Wolverine, também um fiasco dos grandes, temia-se o pior para a personagem. Por isso optou-se por não fazer um filme de super-heróis convencional mas antes uma sátira. 
E tudo começa logo pelos brilhantes créditos iniciais a gozar com tudo e com todos, desde protagonistas a direcção técnica, a mostrar logo ao que vinha. 
Antes de ser Deadpool, Wade Wilson (Ryan Raynolds) era um ex-militar das forças especiais do exército que agora faz uns biscates como uma espécie de “mercenário do bem”, encontra a mulher (a brasileira Morena Baccarin) com quem quer passar o resto dos dias, só não sabia é que esses dias iam ser curtos pois é-lhe diagnosticado um cancro. Só que não querendo sucumbir a tamanha fatalidade ele sujeita-se a uns testes que o vão deixar desfigurado, com poderes invencíveis e capacidade de se regenerar. É então que aproveitando essas capacidades ele assume a identidade deste anti-herói. 

Ryan Raynolds que até aqui não tinha feito nada de jeito parece ter nascido para ser Deadpool. Ele até goza consigo próprio e exorciza os fantasmas da sua carreira ao encontrar aquilo para o que nasceu: ser Deadpool. O resto do elenco está igualmente bem, com personagens de carne e osso a fazerem jus às da BD e a estreia na realização de Tim Miller, que é um habitué nos efeitos especiais, é competente. 
Deadpool é um belo entretenimento que acelera desde o primeiro minuto e não tem pejo e dar-nos cenas de extrema violência, com membros decepados ou cenas de nudez completa, tudo carregado com grandes doses de humor. 
 Um dos melhores filmes que vi este ano.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Oldboy, de Spike Lee

Por norma sou contra qualquer tipo de remakes de filmes bons, sejam eles antigos ou feitos originalmente noutro país. Mas já se sabe que os americanos, do alto do seu ego têm a mania que sabem e podem fazer melhor. Só que, como em qualquer outro lado, há uns americanos melhores que outros. E o Spike Lee, por muito bom trabalho que já tenha feito, ultimamente tem mostrado que não é um génio como um Scorsese ou os irmãos Coen (para lembrar remakes de filmes bons que deram filmes ainda melhores).
O Oldboy coreano é um filmaço. E ponto final. E por "ponto final" devia ser entendido que era pra não mexer mais. 
Há já algum tempo que o Spike Lee não faz um filme de autor, daqueles que me levou a gostar dele (Do the Right Thing, Jungle Fever, Clockers) e se ele transpusesse a história de Oldboy para o seu mundo, quem sabe se não teria sido bem mais interessante? É pena.

NOTA: 6/10

segunda-feira, 28 de abril de 2014

grande ecrã


Out of the Furnace, de Scott Cooper

Russel Baze (C. Bale) que vivia com Zoe Saldana tem um acidente de carro do qual é culpado e vai parar 5 anos à prisão. O seu irmão (Casey Affleck), ex combatente no Iraque anda metido em esquemas com biltres da pior espécie e  quando Russel sai da prisão e está a tentar refazer a vida, recebe a noticia de que o irmão desapareceu misteriosamente. Partir em busca da verdade ou esquecer como todos lhe pedem são os dilemas com que ele se tem de debater.
Filme produzido por Ridley Scott e Leonardo DiCaprio, que eram pra ter sido realizador e protagonista, no inicio do projecto. Este é o 2º filme de Scott Cooper e volta filmar homens à beira do abismo, depois de Crazy Heart, filme que valeu o Oscar a Jeff Bridges, como um cantor country que desiste da sua vida.

NOTA: 6/10



Night Train to Lisbon, de Bille August

Um professor suíço (Jeremy Irons) impede que uma misteriosa mulher salte de uma ponte e leva-a para uma das suas aulas só que ela desaparece deixando para trás um casaco vermelho e um livro com 40 anos, escrito em português. Intrigado ele decide ir a Portugal e embarca numa viagem aos tempos da ditadura e  às vidas daqueles que lutaram pela liberdade. 
O filme adapta a obra de Pascal Mercier

NOTA: 7/10

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

grande ecrã

Martha Marcy May Marlene, de Sean Durkin (2011)

Martha Marcy May Marlene é um poderoso thriller psicológico, interpretado por Elisabeth Olsen no papel de Martha, uma jovem à procura de viver uma vida normal depois de algum tempo no meio de uma seita onde tinha de obedecer às ordens do seu carismático líder (John Hawkes). Ela foge para casa da irmã (Sarah Poulson) mas os tormentos por que passou não a vão deixar em paz.
Primeiro filme de Sean Durkin, que viria a conquistar o prémio de realização no Festival de Sundance desse ano. A sua prespectiva é interessante, uma vez que Martha não precisa de viver no meio de uma sita para se sentir presa. A vida em casa da irmã também se mostra estranha e cheia de restrições.
Um realizador a seguir atentamente nos próximos temos, assim como a protagonista Elisabeth Olsen.
NOTA: 8/10





The Counselor, de Ridley Scott (2013)

Escrito por Cormac McCarthy (autor de No Country for Old Men) e realizado por Ridley Scott, The Counselor é um filme na linha desse best seller que viria a dar o Oscar (e outros prémios) aos irmãos Coen, um homem que por dinheiro dá passos maiores que as pernas, metendo-se num esquema relacionado com tráfico de droga que tinha tudo para correr bem.
O filme é suportado por alguns bons momentos de diálogos e acção e com um elenco de luxo (Michael Fassbender, Penelope Cruz, Javier Bardem, Brad Pitt, Cameron Diaz), não se espere mais que isso.
NOTA: 6/10


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Grande Ecrã

Broken City, de Allen Hughes
O mayor de New York contrata um detective privado, ao qual já tinha feito um favorzito no passado para investigar uma possivel aventura da sua esposa. Mas um simples caso de cornadura vai-se transformar num thriller politico.
O Mayor é Russel Crowe, o detective é Mark Wahlberg, também anda por lá Zeta-Jones e o realizador largou o irmão, que o tinha acompanhado em filmes como From Hell ou The Book of Eli.
Mas é mais um caso de muita parra, pouca uva.
Nota: 6/10





Dead Man Down, de Niels Arden Oplev
Victor (Colin Farrel) infiltrou-se num gang mafioso com o intuito de vingar a morte da família às mãos de Alphonse (Terrence Howard), o líder desse gang. Beatrice (Noomi Rapace), é a vizinha, pela qual Victor se interessa mas ao descobrir a verdade vai chantageá-lo, tentando que ele mate o motorista bêbedo que causou o acidente que a desfigurou.
Num argumento algo trapalhão, é Niels Arden Oplev que segura as pontas, conferindo ao filme um toque europeu, ele que tem aqui a sua primeira realização em lingua inglesa depois do sucesso do The Girl With the Dragon Tattoo, original.
Nota: 6/10

sábado, 3 de agosto de 2013

Dead Man Down, de Niels Arden Oplev

O realizador do The Girl With the Dragon Tatoo original, tem aqui a sua primeira oportunidade em Hollywood. E a verdade é que se este filme fosse parar aos habituais fazedores de filmes de acção americano, a coisa poderia ter descambado. O realizador dinamarquês dá um toque diferente ao filme e isso acaba por o tornar não tão enfadonho.

Victor (Colin Farrel) é um hitman que trabalha para um mafioso nova-iorquino (Terrence Howard), com um objectivo que só ele conhece.
A rapariga do prédio em frente ao que vive Victor, vai descobrir o seu segredo e "forçá-lo" a ajudá-la num plano de vingança.

NOTA: 6/10

quarta-feira, 5 de junho de 2013

End of Watch, de David Ayer

NOTA: 7/10
Dois jovens policias (Jake Gyllenhaal, Michael Pena), irmãos de armas, preparados para morrer um pelo outro patrulham os bairros mais perigosos de Los Angeles e tropeçam, sem querer numa série de esquemas de um cartel de droga mexicano. "End of Watch" é um filme muitas vezes brutal e duro, do escritor/realizador David Ayer, que conhece bem o terreno, tendo criado algo semelhante ("Dia de Treino" - como argumentista e "Street Kings" ou "Harsh Times"), neste caso a investir mais na humanização das personagens. Ambos os actores têm desempenhos convincentes e são fortemente apoiados Anna Kendrick, Natalie Martinez (que interpretam os interesses amorosos), David Harbour, Frank Grillo, America Ferrera e Cody Chifre que são outros membros do departamento de policia ao qual pertencem. A filmagem é feita de câmara na mão, quer seja para o projecto pessoal da personagem de Gyllenhaal, quer seja das câmaras de segurança da cidade ou do carro de policia que eles conduzem, o que transporta algum realismo à acção. 

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

The Dark Knight Rises, de Christopher Nolan


É difícil nomearmos uma trilogia em que todos os filmes sejam de grande qualidade. De facto, com a entrada em cena de Chris Nolan, a saga Batman ganhou um novo alento, e conclui em grande forma a trilogia que define bem o legado do que é realmente esta personagem criada por Bob Kane.


A liderar uma conspiração para destruir Gotham City encontramos um vilão atrás duma mascara, de nome Bane (Tom Hardy). Oito anos antes, em colaboração com o tenente Jim Gordon e com o procurador Harvey Dent, Batman limpou Gotham City de organizações criminosas. Porém, ao assumir-se culpado pela morte de Dent, o homem morcego transformou-se num criminoso perseguido por todas as instituições policiais que antes o respeitavam e com quem sempre colaborou. Agora, a cidade volta a mergulhar no caos criado pelo cruel Bane, o tal adversário mascarado, com um passado sombrio e que planeia destruir Gotham City e todos os seus habitantes. É chegado então o momento de Bruce Wayne voltar ao activo e lutar de novo por tudo aquilo em que sempre acreditou. Mas, após ter sofrido várias desfeitas ele parece não estar preparado para enfrentar este grande desafio.


Depois do brilhante Joker de Heath Ledger, era dificil arranjar outro vilão carismático mas o Bane de Tom Hardy (irreconhecível) safa-se muito bem. Anne Hathaway e Joseph Gordon-Levitt são outros novatos que dão boa conta do recado.

Tim Burton tinha dado o seu tom gótico à saga Batman, Joel Schumacher só faltou acrescentar I Will Survive e YMCA à banda sonora dos seus filmes e finalmente, Chris Nolan revitalizou a saga e mostrou a personagem como ela realmente é, um homem como qualquer um, em busca de alguma justiça.
Se nos lembrarmos, reparamos que Batman é o unico super-herói que é humano. Spider-man foi picado por uma aranha radioactiva e ficou com poderes especiais, Superman vinha de outro planeta. E estes são só os exemplos mais conhecidos. E os filmes de Nolan mostram isso muito bem, mostram a personagem como ser humano que é, com todas as suas limitações e fraquezas. E essa é uma das vantagens desta trilogia que começou em Batman Begins e agora termina, em grande estilo diga-se.
Quem vier a seguir não vai ter a vida nada facilitada.

NOTA: 9/10


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Skyfall, de Sam Mendes


Durante uma missão para recuperar um disco com informações importantes que poderiam expor os agentes infiltrados em células terroristas, James Bond é atingido e dado como morto. Com a sua chefe, M politicamente desacreditada e após um ataque à bomba contra a sede do MI6, não resta outra opção a Bond senão reaparecer e voltar ao activo. Só que este não é o 007 de outros tempos, mas mesmo assim M coloca-o na peugada de um perigoso vilão, que procura uma vingança pessoal.



Já tinha dito que o Bond de Daniel Craig tinha trazido algo de novo, não só à personagem mas também à própria série. Desde a sua entrada em cena, as histórias são muito mais elaboradas e encontramos um Bond muito mais humano, muito menos robótico que os anteriores.
Skyfall é, para já o melhor dos filmes com Daniel Craig. Gostei dos anteriores (incluindo, claro o mal amado Quantum of Solace) mas este tem um nível superior e não será alheio o facto de ter ao leme um realizador com a categoria de Sam Mendes. A cena antes da música/créditos iniciais é das melhores que vimos em filmes de Bond. Como estamos na comemoração dos 50 anos da saga, alguns elementos clássicos estão de volta. O Aston Martin incial, uma nova versão de Q, ainda com acne e adaptado aos tempos modernos, como um hacker capaz dos maiores desafios, mas com menos gadgets, até à cena final, clássica em practicamente todos os filmes da altura de Sean Connery e Roger Moore.



O elenco é do melhor que já se viu num filme de Bond, para além de Craig e Judi Dench, temos Ralph Fiennes, como um homem do governo, entre M e Bond, Albert Finney (quase irreconhecível ,se não abrisse a boca), as imprescindíveis Bond-girls, com Bérénice Marlohe à cabeça, como a misteriosa Sévérine e last but not least, um dos melhores vilões da série, o vingativo Silva (excelente Javier Badem) a fazer lembrar outros grandes vilões, de outros filmes fora da série (Joker de Heath Ledger e Hannibal Lecter vieram-me à memória).
Bond tem já 50 anos, e embora já trema um bocado quando vai disparar, ainda está aí para as curvas e para fazer acrobacias em cima de comboios em andamento.
Para finalizar, destaque para a BSO que, como em todos os filmes de Bond é muito boa. 
Venha o próximo...

James Bond: Everyone needs a hobby... 
Raoul Silva: So what's yours? 
James Bond: Resurrection.

PS. Voltei a ter a companhia que realmente interessa, numa sala de cinema. Assim sabe melhor.

NOTA: 9/10

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Grande Ecran

Fast Five, de Justin Lin
Após terem sido cúmplices na libertação de Dominic Toretto (Vin Diesel), a sua irmã Mia (Jordana Brewster) e o ex-polícia Brian O''Conner (Paul Walker) são também procurados pela polícia. Agora, a viver no anonimato na cidade do Rio de Janeiro, os três tentam um último golpe com o propósito de reconquistar a liberdade. Contudo, mesmo longe do seu país, acabam perseguidos pelo agente do FBI Luke Hobbs (Dwayne Johnson), um homem determinado a fazer cumprir a lei a qualquer custo. Mas chegado ao Brasil, Hobbs percebe que a lei nem sempre está do lado da justiça e que, neste caso, terá de confiar na sua intuição se quiser encontrar os verdadeiros criminosos. Realizado por Justin Lin, é o quinto filme da saga "Velocidade Furiosa", dedicado aos adeptos do "tuning" e do "drift racing" - uma sucessão de acelerações com o conta-rotações no limite, travagens bruscas e derrapagens controladas -, desta vez com o Rio de Janeiro como cenário. No elenco, o português Joaquim de Almeida. NOTA: 7/10

Micmacs, à tire-larigot, de Jean-Pierre Jeunet
Bazil (Dany Boon) é um rapaz com azar. Primeiro, uma mina leva-lhe o pai, soldado na guerra. Trinta anos depois, uma bala perdida arranca-o à sua existência rotineira e torna-o num sem-abrigo. É nas ruas de Paris que se faz amigo de Placard (Jean-Pierre Marielle), que o convida a juntar-se ao grupo com quem vive, que mora no interior de uma lixeira. E quando Bazil descobre, por puro acaso, os dois fabricantes de armas responsáveis pelos incidentes que lhe marcaram o destino, decide vingar-se de uma forma pouco ortodoxa, ajudado pela sua nova "família" e pelos seus improváveis poderes... "Micmacs - Uma Brilhante Confusão" é a mais recente criação do visionário Jean-Pierre Jeunet, realizador de "Delicatessen" e de "O Fabuloso Destino de Amélie", apresentado em antestreia na Festa do Cinema Francês e no Fantasporto. NOTA: 7/10

Season of the Witch, de Dominic Sena
Depois de anos de cruzada na Terra Santa, os cavaleiros Behmen (Nicolas Cage) e Felson (Ron Perlman) regressam a Inglaterra, onde descobrem um país assolado pela Peste Negra. Acusados de deserção, só uma missão os pode livrar do cárcere: escoltar uma jovem acusada de bruxaria que todos acreditam ser a responsável pela epidemia. O destino é um mosteiro isolado nas montanhas, onde ela será julgada pelos monges e purificada num ritual religioso... Uma aventura medieval realizada por Dominic Sena ("Gone in 60 Seconds", "Swordfish"). NOTA: 5/10




Considerações:


Depois de ter lido bem sobre este 5º filme da série "Velocidade Furiosa" decidi-me a ver, apesar de não ter visto nenhum outro da série. E a verdade é que é agradável de se ver e um filme razoável dentro do género.
Do J-P Jeunet chega-nos mais um dos seus delírios e é uma agradável comédia com os seus já habituas personagens e a sua peculiar forma de filmar.
Sobre o outro filme... enfim... é mais um dos "grandes" momentos de Nick Cage na sua "brilhante" carreira cinematográfica dos últimos já longos anos. Nem tudo é mau na sua carreira ultimamente, como são os casos de Kick-Ass ou Knowing. Mas já são muitos Drive Angry ou Ghost Rider (vai aí outro) o que só prova que o homem aceita tudo o que lhe dão e não conseguiu gerir da melhor forma a sua carreira.
Quanto a Dominic Sena, ficou-se pelo Kalifornia em 1993.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Machete, de Robert Rodriguez


Machete apareceu como um falso trailer inserido no delírio cinematográfico que foi Grindhouse e quando se pensava que o próximo filme de Rodriguez que íamos ver seria Sin City 2, eis que ele pega na história desse ex-Federale e a trás para um longa-metragem.

Machete (Danny Trejo) é então um ex-Federale que é contratado para matar um senador. Só que a missão é uma emboscada e quando se pensava que Machete estaria morto ele volta para se vingar de quem o tramou, artilhado com um arsenal de facas e catanas.

Rodriguez recupera o cinema xunga que fazia furor nos anos 70/80 e apresenta-nos um óptimo entretenimento, com um herói improvável, belas (e más) raparigas (Jessica Alba, Michelle Rodriguez, Lindsey Lohan) e secundários a brilhar a grande altura, nos quais se incluem Robert de Niro, Jeff Fahey (que muitos se lembrarão de ver na série Lost), o regressado Don Johnson e... Steven Seagal. Sim, Steven Seagal no seu melhor papel de todo o sempre como o vilão Torrez, mau comás cobras e dono de algumas das melhores falas do filme:

Torrez: You're Machete's girl. I know, cause you're his type. Sartana (Jessica Alba): What type is that? Torrez: Dead.

Tarantino e Rodriguez vieram mostrar que xunga não é sinónimo de mau... ou se calhar é. Mas de tão mau que é torna-se muito bom.

Nota: 8/10


terça-feira, 19 de outubro de 2010

The Town, de Ben Affleck


Ben Affleck estreou-se na realização em 2007 com o excelente Gone Baby Gone e regressa novamente à sua cidade adoptiva, Boston, para continuar a filmar o mundo do crime, depois do rapto de uma criança desta vez os assaltos a bancos, com o próprio realizador a assumir o papel de protagonista.

Passado no bairro de Charlestown, o filme segue Doug MacRay (Bem Affleck) e os seus leais amigos de infância em mais um assalto a um banco. Só que desta vez as coisas não correm como o esperado e eles são obrigados a fazer refém a gerente do banco, Claire (Rebecca Hall) apenas a libertando quando já estão a salvo. Para terem a certeza de que ela não sabe de nada e não os pode denunciar, Doug começa a segui-la e acaba por se envolver com ela. Ao ver que o agente do FBI Adam Frawley (John Hamm) está cada vez mais perto da verdade, James (Jeremy Renner) o membro mais impulsivo do bando e também melhor amigo de Doug não concorda com esta relação e pensa que Doug poderá estragar tudo e terá de por um fim (literalmente) àquela história. Só que Doug já se decidiu a mudar de vida e levar Claire para longe daquela cidade… mas antes será obrigado a fazer um ultimo serviço…

A realização de Affleck é muito boa, com aquela cidade a ser o seu cenário ideal. O elenco é do melhor que se tem visto ultimamente. Além de Affleck e Rebecca Hall conta com Jeremy Renner que confirma tudo o que tinha mostrado em The Hurt Locker. Depois ainda há John Hamm (de Mad Man), Blake Lively (de Gossip Girl), Titus Welliver (de Sons of Anarchy) e os consagrados Pete Postlethwaite e Chris Cooper.
O argumento não evita alguns clichés mas prende-nos a atenção do primeiro ao último minuto e fica provado que Bem Affleck é um autor a ter em conta e a seguir com atenção nos próximos projectos. Gone Baby Gone e este The Town certamente que não são grandes filmes por acaso.

NOTA: 8,5/10


quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Predators, de Nimrod Antal


Depois das palhaçadas que fizeram com este bicharoco e com o Alien havia que recuperar o franchise daí que se optou por eliminar os filmes feitos a seguir ao original (com Arnold Schwaznegger) e retomar a série a partir daí.
A ideia foi a mesma de Alien que teve o 2º título (de James Cameron) elevado ao plural.
Assim sendo, neste segundo filme da saga Predator um grupo de desconhecidos é atirado para um planeta desconhecido, habitado por estas criaturas que aniquilam tudo à sua volta. À excepção de um todos eram assassinos no planeta de origem, predadores humanos contra os predadores locais.
Ao contrário de Aliens em que todos sabiam ao que iam (apenas não imaginando as consequências) aqui a premissa vai de encontro a Predator com um grupo de homens armados, numa selva a dar de caras com um ser estranho que os quer aniquilar.

Apesar de ser muito melhor actor, Adrien Brody não faz esquecer Arnie e as suas famosas tiradas ("You're one... *ugly* motherfucker!") mas safa-se bem como herói de acção e está bem secundado por actores como Laurence Fishburne, Danny Trejo, Walter Goggins ou a brasileira Alice Braga.

Curiosidade: Robert Rodriguez, que é o produtor quis realizar isto em 1994. Mas o projecto foi considerado pela FOX muito caro na altura.

NOTA: 7/10


terça-feira, 5 de outubro de 2010

Straw Dogs, de Sam Peckinpah


Straw Dogs é um filme bastante violento de Sam Peckinpah, datado de 1971.
Nele um pacato matemático norte-americano, David Sumner (Dustin Hoffman) muda-se com a sua esposa britânica para uma zona rural do interior de Inglaterra. Mas o que parecia ser uma vida de sonho depressa se transforma em pesadelo quando os homens que David contrata para reparar a garagem começam um jogo de intimidação e medo, invadindo a sua casa e a privacidade do casal. O pacato (para não usar um termo mais depreciativo) David vai ser posto à prova e tudo fazer para afastar aqueles homens da sua casa.

Um filme perturbador e um dos melhores de Peckinpah.
O título Straw Dogs (Cães de Palha em português) não vem explicado no filme mas referes-se a uma passagem do manual taoísta I Ching que diz que o céu e a terra trata a todos como cães de palha, ou seja coisas baratas e facilmente descartáveis.

NOTA: 8/10


sexta-feira, 23 de julho de 2010

Inception, de Christopher Nolan


Dominic Cobb (Leonardo DiCaprio) é um sonhador profissional. Os militares criaram uma ferramenta de treino que permite que as pessoas partilhem os sonhos.
Só que há pessoas como Cobb e o seu grupo de amigos que se serve desta tecnologia para roubar segredos e informações importantes. Mas nem tudo são rosas neste mundo, o sonhador preenche o mundo que o arquitecto criou com os seus segredos e consoante a sua personalidade. Cada um pode moldar o sonho conforme a sua conveniência o que pode por em risco toda a missão (o próprio Cobb tem experiência negativa neste aspecto).
Agora Cobb têm uma missão muito mais arriscada, uma das suas vitimas torna-se seu empregador e pede-lhe, não que roube uma informação mas que implante uma ideia na cabeça de alguém. Trabalho impossível para muitos mas não tanto para a equipa de Cobb. Além de que esse trabalho vai permitir a Cobb regressar aos Estados Unidos, país que o persegue após uma missão mal sucedida.
As cenas de acção (algumas delas à la Matrix) são um must. A fotografia de Wally Pfister é do melhor que se tem visto. Um elenco com Leonardo Di Caprio, Marion Cotillard, Ellen Page, Tom Berenger, Michael Caine, Tom Hardy, Joseph Gordon-Levitt, só poderia estar a grande altura. E para ajudar e acompanhar cada frame está uma magnifica banda sonora de Hans Zimmer.

É incrível notar que Chris Nolan tem apenas 39 anos e já um curriculo de fazer inveja, mesmo a alguns dos grandes mestres da 7ª arte.
E mais uma vez, como na maior parte dos seus filmes, Nolan brinca com a nossa mente (Following, Memento, The Prestige, são disso exemplo). Desta vez através dos sonhos, através da sua construção (e desconstrução). O que é sonho? O que é realidade? O filme combina na perfeição, thriller, ficção cientifica e drama humano partindo de um assalto (o tal implante) e parte para um desencadear de emoções que nos vão deixar presos à cadeira durante as 2 horas e meia de duração.
Se algo mais havia a provar, após uma série de excelentes filmes, Chris Nolan entra aqui para a galeria dos mestres da 7ª arte. Se há realizador que pode brincar com a minha mente, esse é Christopher Nolan. Cá ficarei à espera que ele me implante mais um dos seus labirínticos argumentos...

NOTA: 10/10




segunda-feira, 21 de junho de 2010

Kick-Ass, de Matthew Vaughn


Muito boa adaptação de um comic de Mark Millar e John Romita Jr. Recorde-se que o realizador, Matthew Vaughn já havia adaptado anteriormente um livro de Neil Gaiman, outro autor com ligações aos comics.

Dave Lizewski (Aaron Johnson) é um jovem fanático por heróis de BD com uma vida aborrecida. Um dia decide fazer algo contra a monotonia e tornar-se, ele próprio, um super-herói. Para isso resolve encomendar uma farda apropriada e atirar-se, de corpo e alma, à tarefa de salvar vidas em perigo. De um momento para o outro, de um adolescente que nunca deu nas vistas passa a celebridade e, do meio do nada, surge por toda a cidade uma espécie de epidemia de super-heróis. Mas nem tudo poderia ser perfeito e, se todas as histórias de super-heróis têm um génio do mal, esta não poderia ser excepção: Frank D'Amico (Mark Strong), um perigoso barão da droga. E é quando Dave conhece Big Daddy (Nicolas Cage) e a sua jovem e destemida filha Hit-Girl (Chloe Moretz) que a aventura verdadeiramente se inicia e eles percebem que somente juntos conseguirão derrotar o grande vilão e a sua trupe de bandidos.

Destaque para a excelente banda-sonora, com nomes como Primal Scream, Prodigy ou Danny Elfman e para um belo elenco, com Nicolas Cage e Mark Strong (mais um grande vilão criado por este actor britânico - Sherlock Holmes, Robin Hood, RocknRolla) à cabeça.
Numa altura em que estreia só lixo, é bom apanhar um filme destes.

NOTA: 9/10


segunda-feira, 17 de maio de 2010

Robin Hood, de Ridley Scott


Ridley Scott e Russel Crowe criaram uma boa dinâmica de trabalho, por isso não é de estranhar que esta seja a quinta colaboração entre ambos (Gladiador, A Good Year, American Gangster e Body of Lies foram as anteriores).
Nesta nova abordagem às aventuras do "bom ladrão", acompanhamos um Robin Longstride antes mesmo de ser Hood.
Inglaterra, século XIII. Robin Longstride (Russell Crowe) toda a sua vida prestou serviço leal ao rei Richard I, de cognome Coração de Leão, mas hoje, após a morte do grande soberano, o país atravessa uma grave crise nas mãos do Príncipe John (Oscar Isaac). Após a morte de Sir Robert Loxley, Robin toma o lugar deste a pedido de seu pai, Walter Loxley (Max Von Sydow) na cidade de Nottingham.
Com a ajuda dos seus amigos, Little John, Friar Tuck e da viúva de sir Robert, Marion Loxley (Cate Blanchet), Robin vai tentar impedir que o vilão Godfrey (Mark Strong) consiga que os franceses conquistem Inglaterra.

Se se disser que este filme é uma prequela às histórias já várias vezes levadas ao cinema não andariamos longe da verdade, pois o filme acaba exactamente com o exílio de Robin na floresta de Nottingham e a criação do mito Robin Hood.
A forma de Ridley Scott mantém-se do principio ao fim, com uma direcção competente e momentos de entretenimento, adrenalina e humor, qb e o filme conta ainda com um elenco muito bom, com Crowe à cabeça mas outros nomes de alto gabarito como Max Von Sydow, Cate Blanchet, Mark Strong, William Hurt, Danny Huston ou Kevin Durand.

NOTA: 8/10


terça-feira, 20 de abril de 2010

From Paris With Love, de Pierre Morel

Depois do muito bom filme de acção que foi Taken, Pierre Morel continua a movimentar as ruas de Paris. Desta vez são Jonathan Rhys Meyers e John Travolta os americanos que estão encarregues de desmantelar uma célula terrorista, não olhando a meios para conseguir os seus objectivos. Principalmente a personagem interpretada por Travolta.
É um filme de acção banal que podia e devia ter potencial, dada a qualidade dos anteriores filmes de Morel.
É bom entretenimento, não mais do que isso. O que é pena...

NOTA: 6/10