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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

O Conto da Princesa Kaguya, de Isao Takahata


Num dia que se previa igual a tantos outros, um velho cortador de bambu acorda para mais um dia de trabalho. Na labuta, depara-se com uma menina minúscula dentro de um pau de bambu. Fascinado com a perfeição daquela doce criatura, leva-a para casa pois julga tratar-se de uma princesa. A bebé cresce aos cuidados do velho senhor e da sua mulher, que a amam como se fosse do seu próprio sangue. Com o tempo, ela torna-se uma jovem bela e cheia de vida que conquista os corações ao seu redor. Todos se rendem aos seus encantos, incluindo cinco nobres pretendentes a quem Kaguya recusa casamento. Porém, o seu nome rapidamente chega aos ouvidos do Imperador, que decide tomá-la como esposa. Ao dar-se conta do interesse dele, Kaguya foge desesperada… 

 Mais um fantástico filme saído do universo Studio Ghibli.

Isao Takahata já é mais que o nº 2. Quem realiza obras primas como este Kaguya Hime, O Túmulo dos Pirilampos ou Only Yesterday, merece outro reconhecimento.

NOTA: 9/10

terça-feira, 17 de novembro de 2015

O Reino dos Gatos, de Hiroyuki Morita


Haru, uma estudante de 17 anos com problemas de pontualidade, vive sozinha com a mãe. Um dia, a caminho da escola, fica espantada com um gato que transporta um pequeno objecto na boca, e salva-o se ser atropelado por um autocarro. O que ela não sabe é que esse gato é um príncipe do Reino dos Gatos. Nessa mesma noite, Haru recebe a visita de uma delegação do Reino dos Gatos, que lhe apresenta um convite para comparecer perante o rei. Como se tal não fosse suficiente para assustar a rapariga, eis que se vê noiva à força do príncipe gato. Uma voz misteriosa aconselha-a a procurar o Barão, um charmoso gato detective, para a ajudar a libertar-se deste casamento arranjado. Só que antes do Barão a ajudar ela é raptada e levada para o Reino dos Gatos, um mundo mágico, onde os animais falam e comportam-se como gente.



Mais uma viagem fantástica ao extraordinário mundo do Studio Ghibli, aqui com um dos raros filmes não realizados por Hayao Miyazaki (creditado na produção) ou Isao Takahata, sem que esse facto torne o filme inferior.
Pena a edição DVD que saiu por cá não ter dobragem em português para chamar mais público infantil, que de certeza iria adorar esta história.

NOTA: 8/10

sábado, 24 de outubro de 2015

Beasts of No Nation, de Cary Joji Fukunaga



Com produção da Netflix, que se lança também no mundo do cinema, e realização e argumento de Cary Joji Fukunaga (Os Sem Nome, Jane Eyre e a primeira temporada de True Detective), Beasts of No Nation é uma história que acontece (já aconteceu e continuará a acontecer enquanto o mundo ignorar) em muitos países do centro de África. Apesar desta história ser fictícia e o país nem ser referido, é bastante óbvia a ligação com as tensões políticas e as guerras civis de vários países do continente africano.
No inicio vemos o jovem Agu (Abraham Attah) e restante família (pai, mãe, irmão e irmã) tentarem adaptar-se à nova realidade de um país em guerra, com a sua aldeia numa zona controlada. Mas tudo muda quando o conflito chega à região onde eles vivem. A mãe e a irmã conseguem fugir para a capital mas os homens da família são confundidos pelos soldados do governo por rebeldes e mandados matar. Apenas Agu consegue escapar embrenhando-se pela floresta adentro até ser capturado por um grupo rebelde que tem um sinistro e alucinado Comandante (Idris Elba). A partir daquele momento Agu fica a fazer parte do auto-proclamado Exercito de Libertação. Este Agu é apenas o rosto de muitos Agus que são tornados homens cedo demais apenas para servir os interesses pessoais daqueles que os comandam.

Fukunaga, que também é o director de fotografia, filma com mestria e mostra todo o horror vivenciado por esta criança. O miúdo Abraham Attah tem aqui uma estreia auspiciosa, não sendo de espantar que apareça nos nomeados para alguns prémios, o mesmo se passando com Idris Elba, cada vez mais a ganhar protagonismo no mundo do cinema. 
Um dos bons filmes que este ano nos mostrou.

NOTA: 8/10

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Shaun the Sheep Movie


A Ovelha Choné já é um ícone da cultura pop. Criada pelos génios da Aardman Animations, apareceu pela primeira vez numa curta animação da série Wallace & Gromitt e depois passou a ter a sua própria série de TV. Muitos episódios e temporadas depois chega às salas de cinema com muito mérito, num delicioso filme de 85 minutos.
Se os curtos episódios podiam ser descritos como desventuras na quinta, o filme traz Choné, o cão, o agricultor e até o cordeirinho Timmy (que também tem a sua própria série, que os mais pequenos adoram) para a grande cidade.
Na quinta todos os dias são iguais, e para quebrar as rotinas as ovelhas unem-se para fazer algo diferente. E então conseguem meter o agricultor a dormir dentro de uma autocaravana. Só que esta solta-se e sai disparada estrada fora indo parar à grande cidade. A Ovelha Choné decide apanhar o autocarro seguinte e ir à procura do dono. Ao chegar à cidade repara que o resto da trupe veio atrás. Como conseguirão passar despercebidos na cidade cheia de humanos, onde os animais abandonados são apanhados por um controlador de animais de ar sinistro? São essas peripécias que veremos ao longo do filme.

Com relização de Mark Burton e Richard Starzak, estas personagens criadas por Peter Lord e Nick Park (que também fazem parte da equipa técnica) são adaptadas ao cinema como a genialidade já conhecida deste pessoal dos estúdios Aardman. Ou não fossem eles os criadores de Fuga das Galinhas ou Wallace & Gromit: A Maldição do Coelhomem, que viria a ganhar um Oscar por melhor filme de animação. 

NOTA: 8,5/10

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Idi i Smotri, de Elem Klimov


Idi i Smotri (em português Vem e Vê) é um olhar pessoal de Elem Klimov sobre a invasão da Bielorrússia por parte dos nazis durante a II Grande Guerra.  O filme é visto pela perspectiva de um rapaz chamado Florya que se junta a um grupo de guerrilheiros bielorrussos que combatem o invasor.  Durante a passagem por uma aldeia Florya é deixado para trás pelos outros combatente, que não o levam muito a sério e tem de se desenrascar sozinho no meio de todo aquele caos que se tinha instalado.
Idi i Smotri é horrível, devastador, intenso, perturbador, mas de forma assustadoramente bela e onde encontramos cenas que nos lembram o cinema de Tarkovsky e até de Kubrick.
Para muitos considerado como o melhor filme de guerra.

NOTA: 9/10

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Child 44, de Daniel Espinosa


Passado em 1953, por isso no auge da era sovietica, Child 44 segue um antigo herói da II Guerra tornado agente da policia secreta. Leo Demidov (Tom Hardy) investiga a misteriosa morte de um miúdo perto de uma linha de caminho de ferro. O relatório oficial diz que o rapaz morreu acidentalmente, porque num país perfeito com a União Sovietica, não haviam crimes. Ainda assim Leo acredita que o rapaz foi assassinado e vai investigar à revelia dos seus superiores o que vai causar problemas, não só a si como à sua família. 
Apesar de algumas falhas, a realização do sueco Espinosa é corajosa ao retratar aquela época especifica, não se coibindo de mostrar de forma gráfica a violência e brutalidade em algumas cenas.
O elenco é de luxo e porta-se à altura do seu gabarito, apesar da parte do sotaque russo, que vou sempre achar ridículo (quer seja russo ou outro qualquer), ou falam russo ou falam inglês. Os russos, na Russia (ou União Soviética) não falavam inglês com sotaque. Tom Hardy é um dos actores do momento, mostrando a sua qualidade a cada filme que faz e é bem acompanhado pelos suecos Noomi Rapace e Joel Kinneman (da série The Killing) e pelos mais conhecidos Gary Oldman e Vincent Cassel (que substituiu Philip Seymour Hoffman).
O filme é baseado na novela homónima de Tom Rob Smith.

NOTA: 6,7/10


terça-feira, 21 de julho de 2015

Blackhat, de Michael Mann


Ao 13º filme (11 no cinema + 2 na TV) Michael Mann vira-se para o ciberterrorismo, que há umas décadas atrás podia ser considerado ficção cientifica, hoje já é uma ameaça bem real.
Quando um hacker ataca uma central nuclear chinesa o mundo fica em alerta, mas quando o ataque chega aos Estados Unidos é altura de intervir. Para isso reúne-se uma equipa de peritos chineses que pedem  a colaboração de um antigo colega que se encontra detido numa prisão americana. Nick Hathaway (Chris Hemsworth) está a cumprir uma pena de 15 anos por cibercrime e vai-se juntar ao ex-colega e à irmã para tentarem descobrir quem anda a causar estes atentados. A acção desenrola-se em vários locais do mundo: Hong Kong, EUA, Malásia, Indonésia.

O nome de Michael Mann faz elevar a fasquia para níveis que o filme não tem, no entanto estamos perante um bom thriller e o facto de ser o seu nome que vem à frente do realizador contribui muito.
De facto as marcas de Mann notam-se durante os longos 135 minutos do filme, que se arrasta na primeira metade até começarem a surgir as cenas de acção, onde o realizador é mestre, tendo o seu método já sido seguido por outros colegas de profissão, por mais que uma vez. 
A presença de Hemsworth podia assustar à partida mas o actor porta-se à altura dos acontecimentos, mostrando que a sua escolha não foi um risco. Michael Mann é um perfeccionista e até a música tem de ser escolhida com cuidado, ficando a banda sonora entre a Atticus Ross, habitual colaborador de Trent Reznor, quer nas suas bandas (Nine Inch Nails, How to Destroy Angels, por ex.) quer em bandas sonoras, com as quais já receberam vários prémios (oscar em The Social Network, de David Fincher).

Não sendo dos melhores filmes de Michael Mann, longe disso, Blackhat é um thriller acima da média.

NOTA: 8/10

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Ex-Machina, de Alex Garland


Caleb (Domhnall Gleeson - filho de Brendan Gleeson) é um programador informático na BlueBook, empresa criadora de um dos maiores motores de pesquisa do mundo (uma espécie de Google). É-lhe dada oportunidade de passar uma semana com Nathan (Oscar Isaac), o génio que criou a BlueBook. Nathan vive numa casa tecnologicamente avançada, com acesso restrito a cada divisão da mesma, onde se escondem as suas extraordinárias invenções. A sua casa também está isolada da civilização, no meio de uma floresta, acessível apenas de helicóptero.
Nathan escolheu Caleb com o objectivo de testar o seu novo projecto, uma inteligência artificial chamada Ava. Caleb tem de determinar quão humana Ava é.



Ex-Machina faz uma série de questões, algumas já foram levantadas noutros filmes (estou-me a lembrar por exemplo de A.I., pensado por Kubrick e realizado por Spielberg): Podem as emoções ser programadas? O que aconteceria se nos apaixonássemos por um robot? Quais as consequências se a humanidade da criação exceder as expectativas do seu criador? Quem o manipulador e quem é o manipulado?

Alex Garland, autor de A Praia, que chegou ao cinema pela mão de Danny Boyle, com o qual colaborou (autor do argumento) por mais duas vezes (28 Days Later e Sunshine) realiza pela primeira vez. O elenco está em bom nível, com destaque para Oscar Isaac que se tem vindo a mostrar nos ultimos tempo como um actor versátil (Inside Llewin Davis, dos irmãos Coen ou A Most Violent Year, são bons exemplos disso).

NOTA: 8/10




quarta-feira, 20 de maio de 2015

Interstellar, de Christopher Nolan

Num futuro próximo, numa altura em que o nosso planeta é devastado por várias catástrofes, cientistas e estudiosos procuram mundos habitáveis para evitar a extinção da Humanidade. É assim que um grupo de astronautas parte numa missão, que pode ser sem retorno a um universo paralelo ao nosso, à procura de um local onde a vida do Homem possa progredir.
Cooper (Matthew McCounaghey) é um desses astronautas/exploradores que toma a difícil decisão de deixar os filhos entregues ao avô (John Lithgow) mas com esperança de poderem ter um futuro.
Visualmente espectacular, como já havia sido Inception, Nolan volta a filmar com mestria um argumento novamente escrito em conjunto com o irmão Jonathan. E novamente o espectador é puxado para dentro do jogo, o que normalmente acontece nos seus filmes.

Pessoalmente gosto de entrar nestes puzzles e labirintos, para os quais Nolan nos puxa e levar quase sempre com um twist do qual não estávamos à espera.
Do elenco fazem ainda parte Anne Hathaway, Jessica Chastain, Michael Caine, Matt Damon, Wes Bentley, Casey Affleck, David Gyasi, Mackenzie Foy e Topher Grace. 

Um dos grandes filmes do ano.

NOTA: 9/10

terça-feira, 28 de abril de 2015

Lost River, de Ryan Gosling


Numa cidade que se extingue, Billy, uma mãe solteira, afunda-se pouco a pouco na pobreza e miséria de um mundo sombrio e macabro, enquanto Bones, o seu filho mais velho, descobre uma estrada secreta que conduz a uma cidade submersa. 

Filme de estreia do actor Ryan Gosling, que também cuida do argumento, num filme alucinado, sombrio e triste, que faz lembrar o universo David Lynch.

NOTA: 7/10

segunda-feira, 20 de abril de 2015

The Drop, de Michael R. Roskam


The Drop é baseado na short story de Denis Lehane (Mystic River; Shutter Island ou Gone Baby Gone), Animal Rescue. 
O filme começa com uma montagem que explica o que é um drop bar, um bar central que guarda o dinheiro todo da máfia que mais tarde é recolhido. O bar já pertenceu a Marv (James Gandolfini) mas perdeu-o para a máfia tchetchena e agora apenas o gere com o seu primo Bob Saginowski (Tom Hardy). Uma noite o bar é assaltado por 2 homens que levam todo o dinheiro, ficando Marv e Bob encarregues de encontrar os culpados e recuperar o dinheiro. Nessa mesma noite, a caminho de casa, Bob encontra um cachorro pitt bull maltratado e atirado num contentor do lixo. É aí que conhece Nadia (Noomi Rapace) que o ajuda a tratar do cão. É destes dois acontecimentos que o filme gira à volta. 
O realizador é o belga Michael R. Roskam, que viu o seu filme de estreia, Bullhead ser nomeado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, com o argumento a ficar a cargo do próprio Denis Lehane. O filme serve ainda como despedida do grande James Gandolfini.

NOTA: 7/10

segunda-feira, 23 de março de 2015

Whiplash, de Damien Chazelle


Quase todos os anos, nos nomes para os grandes prémios do cinema, surge um filme que corre por fora do chamado circuito comercial. Este ano o eleito foi Whiplash, que foi muito falado devido à excelente interpretação de JK Simmons, como um professor de uma escola de música, que trata os seus alunos à maneira militar. Andrew (Miles Teller) é um jovem baterista de 18 anos que está obcecado em fazer carreira no mundo do jazz e para isso acontecer entra no no Shaffer Conservatory of Music, uma das mais conceituadas escolas de música do país. É lá que conhece Fletcher, um professor cuja fama de genialidade apenas se compara ao terror que incute aos alunos. A relação entre ambos quase destrói o ultimo pingo de humanidade que restava a Andrew, fazendo-o inclusive deixar de lado a relação com Nicole, uma empregado de um cinema que Andrew costuma frequentar. 

Damien Chazelle filma com mestria, com planos por vezes arrepiantes, que combinam na perfeição com a banda sonora, totalmente composta por música jazz, e no fim deixa-nos um final em aberto dando asas à nossa imaginação. 
Obrigatório.

NOTA: 8,5/10

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

The Judge, David Dobkin


Hank Palmer é um advogado brilhante mas pouco escrupuloso, que faz carreira a defender criminosos. Sem qualquer sentimento de culpa, ele considera que a lei pode ser contornada de forma a incriminar – ou defender – seja quem for. Quando é informado da morte da mãe, segue viagem até à pequena cidade onde cresceu e onde jurou nunca mais regressar. 
Ali reencontra o pai, um juiz da velha guarda que sempre se guiou por uma moral incorruptível e que nunca aceitou a forma leviana com que o filho encarava a culpa ou a inocência. Quando se prepara para regressar a Chicago é informado que o pai bateu com o carro e que há uma vitima mortal. Apesar da relação complicada entre ambos, Hank decide defendê-lo em tribunal. A princípio a relação entre ambos não vai ser fácil mas esta convivência forçada obriga-os a deixar para trás os ressentimentos e a construir algo novo.

David Dobkin vem das comédias para realizar o seu primeiro drama, filme que vale sobretudo pelas boas interpretações de Robert Duval, Robert Downey Jr., Vincent D'Onofrio e Vera Farmiga.

NOTA: 7/10

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

A Most Violent Year, de J.C. Chandor


O ano de 1981 foi dos mais violentos da história de Nova York. Fora toda a miséria e incertezas do plano económico para a recuperação do país governado por Ronald Reagan, o corte no orçamento da segurança deixaram os moradores da Big Apple nas mãos dos criminosos. Os índices de assaltos, violações e assassinatos daquele ano colocaram os Estados Unidos em estado de alerta. É neste contexto que o imigrante Abel Morales (Oscar Isaac) tenta fazer crescer seu negócio de combustível de aquecimento doméstico com sua esposa, Anna (Jessica Chastain), responsável por gerir as contas da empresa. Apesar da boa condição financeira do casal, os problemas começam quando um grupo desconhecido começa a roubar os camiões da sua empresa que faziam a distribuição do combustível. Ao mesmo tempo que Abel procura descobrir quem está por trás deste esquema, o promotor público Lawrence (David Oyelowo) acusa Abel de desviar milhares de dólares e fugir aos impostos. 

Neste seu 3º filme (Margin Call e All is Lost) JC Chandor apresenta-nos um homem que quer manter-se recto e seguir a sua linha de honestidade num mundo cada vez mais pantanoso onde a traição pode vir de quem menos se espera.

NOTA: 8/10

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Unbroken, de Angelina Jolie


Louis Zamperini era um promissor atleta americano que chegou a participar nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, estando nos seus planos ser medalhado nos JO de 1940. Só que por essa altura o mundo já estava ocupado com uma guerra e Zamperini foi chamado para a tribulação de um bombardeiro que combatia no Pacífico. Durante uma missão de salvamento o bombardeiro cai no meio do oceano e sobrevivem Zamperini e outros 2 camaradas. Andam à deriva num bote salva-vidas durante 47 dias (um deles acaba por falecer ao fim de 30 dias) e são resgatados por um navio japonês. Zamperini é feito prisioneiro de guerra, em alguns campos japoneses e tem como carrasco um dos mais sádicos guardas de campo japoneses, Mustsuhiro Watanabe. 
O filme tenta mostrar a resistência deste homem que é por diversas vezes posto à prova mas nota-se que falta intensidade dramática e um argumento que podia se melhor explorado. Apesar das mais de 2 horas sente-se que se podia ter ido mais além. Estranhamente o nome dos irmãos Coen surge associado ao argumento mas quero acreditar que eles fizeram uns rabiscos que depois passaram para outras mãos. Palavra para o actor Jack O'Connel, que desempenha com competência o papel de Zamperini 

NOTA: 6.5/10

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

A Most Wanted Man, de Anton Corbijn

Filme de espionagem passado em Hamburgo, cidade onde andaram alguns dos terroristas do 11 de Setembro e que na actualidade não quer repetir erros passados. 
Philip Seymour Hoffman tem aqui um dos seus últimos papeis como um agente dos serviços secretos alemães que tem por missão provar que um recém chegado à cidade não é um terrorista mas sim um cidadão à procura de asilo politico.

NOTA: 7.5/10

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Coherence, de James Ward Byrkit

Um filme de ficção cientifica nem sempre precisa de efeitos especiais para ser bom, até há casos em que.
Coherence é um bom exemplo. Numa noite em que um cometa passa bem perto da terra, um grupo de amigos marca um jantar para todos juntos observarem o fenómeno. Só que uma série de ocorrências extraordinárias, presumivelmente derivadas à passagem do dito cometa vão afectar a noite a todos os participantes naquele jantar.
Contenção de custos e recursos (o filme foi filmado em casa do realizador e os actores usaram as próprias roupas) provam que com poucos meios se pode fazer um bom filme.
Lembrei-me várias vezes de The Big Chill e The Man From Earth

NOTA: 7.5/10