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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Biutiful, de Alejandro González Iñárritu

Primeiro filme de Iñarritu sem a colaboração do parceiro argumentista Guillermo Arriaga. Foram-se as histórias cruzadas mas ficou o mergulho profundo no sofrimento das personagens.
No submundo de Barcelona encontramos Uxbal (Javier Bardem) um homem que tem o dom de falar com os mortos e vive de negócios ilícitos (sendo esse um deles).
Quando descobre que tem um cancro em fase terminal, Uxbal fica preocupado com os 2 filhos, que não podem contar com a mãe, prostituta toxicodependente.
Dá para perceber que não há nada de biutiful nesta história dos argumentistas Armando Bo e Nicolás Giacobone, num filme que aborda a morte, as personagens que vão surgindo fazem de tudo para sobreviver, mesmo que não seja da forma mais "politicamente correcta" de o fazer. O desempenho de Bardem é soberbo e o filme é acompanhado pela subtileza musical de Gustavo Santaolalla.

NOTA: 8/10

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Grande Ecrã

Carancho, de Pabrlo Trapero

Carancho (abutre na língua do filme) começa com a informação de que na Argentina morrem, anualmente, cerca de 8.000 pessoas em acidentes de trânsito. Muitas indemnizações ocorrem devido a esses acidentes. E, com isso, advogados gananciosos saíam à caça de potenciais clientes, perseguindo as ambulâncias até os hospitais.
Sosa (Ricardo Darín), é um desses advogados, que se aproveita das vítimas, levando boa parte da indemnização das mesmas (daí o título). Ao envolver-se com uma médica (Martina Gusman) que trata dessas vitimas ele vai questionar as suas práticas e tentar uma saída airosa.
Um thriller de denuncia bem realizado e interpretado (Ricardo Darin é estrela no cinema argentino, com ele também já se viu o oscarizado O Segredo dos teus olhos).

NOTA: 7/10


Buried, de Rodrigo Cortés

Buried é um filme claustrofóbico passado inteiramente dentro de um caixão.
Paul Conroy (Ryan Raynolds) é um motorista de  camião norte-americano, a trabalhar no Iraque que é raptado e enterrado vivo. Os seus raptores deixam-lhe um telemóvel com o qual tenta negociar a sua libertação ou tentar que alguém o descubra.
Ideia engraçada para quem não tem problemas de claustrofobia.... como eu.

NOTA: 7/10

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Midnight in Paris, de Woody Allen


Desde há algum tempo Woody Allen tem-nos presenteado com um filme por ano. Apesar de esses filmes não estarem todos ao mesmo nível, há sempre algo interessante que me leva a vê-los.
No seu périplo por cidades europeias nos últimos anos, chega-nos este Midnight in Paris filme que abriu o Festival de Cannes tendo recebido rasgados elogios.

Midnight in Paris recorre a elementos já vistos noutros filme de Allen, como a fantasia de The Purple Rose of Cairo e as carta de amor a uma cidade, com Paris a substituir New York desta vez.
Desta vez coube a Owen Wilson fazer de Woody Allen como um argumentista que sonha viver em Paris e escrever o romance da sua vida. Actualmente ele encontra-se de férias na Cidades das Luzes com a sua noiva e os pais desta e uma noite, embriagado pela beleza da cidade e por algum vinho, ele vai ter a um bar onde Cole Porter está sentado ao piano a cantar. Nessa Paris dos anos 20, aquela que ele considera a idade de ouro, ele vai conviver com as mais diversas personagens famosas (Hemingway, Picasso, Scott Fitzgerald, Salvador Dali, Luis Buñuel, entre outros).
Midnight in Paris é um filme maravilhoso e divertido, um dos melhores de Allen dos últimos tempos. Tem sequências hilariantes entre a personagem de Owen Wilson e alguns dos famosos, como por exemplo quando ele dá a ideia do argumento de Anjo Extreminador a Luis Buñuel e este não entende.
Owen Wilson tem um magnifico desempenho como o neurótico argumentista e Woody Allen está mais uma vez em grande estilo, mesmo na recriação da Paris dos anos 20.
Para além de Owen Wilson, o elenco conta ainda com: Kathy Bates, Adrien Brody, Carla Bruni, Marion Cotillard, Rachel McAdams e Michael Sheen.

NOTA: 9/10

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

The Conspirator, de Robert Redford




Em 14 de abril de 1865, Abraham Lincoln, o 16º presidente dos Estados Unidos foi baleado e morto enquanto assistia à peça Our American Cousin no Ford's Theatre em Washington D.C. O autor, um conhecido actor de nome John Wilkes Booth (Toby Kebbell).
Mas este filme de Robert Redford não fica centrado no assassinato de Lincoln, mas sim no julgamento de Mary Surrat, a dona de uma pensão onde os conspiradores se encontravam e acusada de saber o que se estava a planear.
Apesar de sempre se declarar inocente, Mary Surratt torna-se o bode expiatório de uma nação sedenta de justiça e vingança. E é então que Frederick Aiken (James McAvoy), ex-combatente do exército do norte e advogado de 28 anos, ciente das dificuldades mas crendo na sua inculpabilidade, decide defendê-la em tribunal militar. Mas, mesmo conseguindo provar a sua inocência, conseguirá o jovem advogado salvar-lhe a vida? Um drama histórico, realizado pelo actor e realizador Robert Redford (“O Encantador de Cavalos”, “A Lenda de Bagger Vance”, “Gente Vulgar”) e inspirado num acontecimento verídico que se tornou um marco na história dos EUA durante os críticos anos da Guerra de Secessão.

O filme está muito bem representado (James McAvoy, Robin Wright, Kevin Kline, Evan Rachel Wood, Tom Wilkinson), o guarda-roupa e a fotografia ajudam a recriar com excelência a época em questão.

NOTA: 7/10


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Grande Ecran

Fast Five, de Justin Lin
Após terem sido cúmplices na libertação de Dominic Toretto (Vin Diesel), a sua irmã Mia (Jordana Brewster) e o ex-polícia Brian O''Conner (Paul Walker) são também procurados pela polícia. Agora, a viver no anonimato na cidade do Rio de Janeiro, os três tentam um último golpe com o propósito de reconquistar a liberdade. Contudo, mesmo longe do seu país, acabam perseguidos pelo agente do FBI Luke Hobbs (Dwayne Johnson), um homem determinado a fazer cumprir a lei a qualquer custo. Mas chegado ao Brasil, Hobbs percebe que a lei nem sempre está do lado da justiça e que, neste caso, terá de confiar na sua intuição se quiser encontrar os verdadeiros criminosos. Realizado por Justin Lin, é o quinto filme da saga "Velocidade Furiosa", dedicado aos adeptos do "tuning" e do "drift racing" - uma sucessão de acelerações com o conta-rotações no limite, travagens bruscas e derrapagens controladas -, desta vez com o Rio de Janeiro como cenário. No elenco, o português Joaquim de Almeida. NOTA: 7/10

Micmacs, à tire-larigot, de Jean-Pierre Jeunet
Bazil (Dany Boon) é um rapaz com azar. Primeiro, uma mina leva-lhe o pai, soldado na guerra. Trinta anos depois, uma bala perdida arranca-o à sua existência rotineira e torna-o num sem-abrigo. É nas ruas de Paris que se faz amigo de Placard (Jean-Pierre Marielle), que o convida a juntar-se ao grupo com quem vive, que mora no interior de uma lixeira. E quando Bazil descobre, por puro acaso, os dois fabricantes de armas responsáveis pelos incidentes que lhe marcaram o destino, decide vingar-se de uma forma pouco ortodoxa, ajudado pela sua nova "família" e pelos seus improváveis poderes... "Micmacs - Uma Brilhante Confusão" é a mais recente criação do visionário Jean-Pierre Jeunet, realizador de "Delicatessen" e de "O Fabuloso Destino de Amélie", apresentado em antestreia na Festa do Cinema Francês e no Fantasporto. NOTA: 7/10

Season of the Witch, de Dominic Sena
Depois de anos de cruzada na Terra Santa, os cavaleiros Behmen (Nicolas Cage) e Felson (Ron Perlman) regressam a Inglaterra, onde descobrem um país assolado pela Peste Negra. Acusados de deserção, só uma missão os pode livrar do cárcere: escoltar uma jovem acusada de bruxaria que todos acreditam ser a responsável pela epidemia. O destino é um mosteiro isolado nas montanhas, onde ela será julgada pelos monges e purificada num ritual religioso... Uma aventura medieval realizada por Dominic Sena ("Gone in 60 Seconds", "Swordfish"). NOTA: 5/10




Considerações:


Depois de ter lido bem sobre este 5º filme da série "Velocidade Furiosa" decidi-me a ver, apesar de não ter visto nenhum outro da série. E a verdade é que é agradável de se ver e um filme razoável dentro do género.
Do J-P Jeunet chega-nos mais um dos seus delírios e é uma agradável comédia com os seus já habituas personagens e a sua peculiar forma de filmar.
Sobre o outro filme... enfim... é mais um dos "grandes" momentos de Nick Cage na sua "brilhante" carreira cinematográfica dos últimos já longos anos. Nem tudo é mau na sua carreira ultimamente, como são os casos de Kick-Ass ou Knowing. Mas já são muitos Drive Angry ou Ghost Rider (vai aí outro) o que só prova que o homem aceita tudo o que lhe dão e não conseguiu gerir da melhor forma a sua carreira.
Quanto a Dominic Sena, ficou-se pelo Kalifornia em 1993.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

I Saw the Devil, de Kim Ji-woon

Da Coreia chega-nos mais um filme de vingança - falo da trilogia de vingança de Chan-wook Park, desta vez de Kim Ji-woon, realizador de Doce Tortura e Tale of Two Sisters, por ex.

Kyung-chul (Choi Min-sik) é um sádico sexual que mata sem remorsos e com requintes de malvadez. Com toda a polícia de Seul no seu encalço, nada o parece parar até ao dia em que escolhe como vítima a jovem noiva de Soo-hyun (Lee Byung-hun), um agente da polícia secreta coreana. Devastado pelo sofrimento e obcecado com a vingança, Soo-hyun só tem um objectivo: fazer o assassino sentir ainda mais horror e sofrimento do que a sua noiva sentiu. Começa assim um jogo macabro em que caçador e presa trocam de papéis: o psicopata assassino é convertido em vítima e a sua presa acaba transformado num monstro igual àquele que desejava destruir.

I Saw the Devil é um filme de extrema violência sobre a natureza da vingança, uma experiência visceral que nos deixa abananados, do principio ao fim. 
Um dos grandes filmes estreados este ano nas salas portuguesas.

NOTA: 9/10


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Grande Ecran

The Eagle, de Kevin McDonald
Ano 120 a.C.. O comandante romano Flavius Aquila e a sua legião de cinco mil homens desaparecem sem deixar rasto durante uma missão a norte do Império Romano. Vinte anos depois, o seu filho Marcus Flavius Aquila (Channing Tatum) parte com os seus homens, em busca da verdade, numa tentativa de recuperar a honra dos Aquila. Para isso decide levar Esca (Jamie Bell), um escravo originário das tribos locais que conhece a zona e cuja capacidade extraordinária de sobrevivência e agilidade são vistas como essenciais nessas paragens longínquas. Mas Esca, capturado e mantido como gladiador, nutre um profundo desprezo por Roma e por tudo o que ela significa. Porém, uma vez longe, perdidos nas montanhas inóspitas e perante a ameaça das tribos rebeldes, escravo e senhor vão ter de ultrapassar as suas motivações pessoais e assumir que apenas a união lhes poderá salvar a vida. Com realização de Kevin Macdonald ("Touching the Void - Uma História de Sobrevivência", "O Último Rei da Escócia") é a adaptação cinematográfica do primeiro livro da reconhecida saga juvenil sobre o Império Romano, escrita pela inglesa Rosemary Sutcliff.
NOTA: 7/10

The Lincoln Lawyer, Brad Furman
Michael Haller (Matthew McConaughey) é advogado em Los Angeles. Cínico e manipulador, para ele a lei pouco ou nada tem a ver com culpa ou inocência. O seu escritório é o banco de trás do seu velho Lincoln Continental, que tem a particularidade de ter como matrícula NTGUILTY, onde ele estuda os processos e arquitecta as suas causas. Praticamente toda a sua carreira tem sido a defesa de pequenos criminosos. Até que é contratado para um caso importante: a defesa de um playboy rico de Beverly Hills, acusado da violação e tentativa de assassínio de uma prostituta. Mas o que parecia ser um caso simples e muito rentável transforma-se numa perigosa disputa entre dois mestres da manipulação... The Lincoln Lawyer é uma adaptação de um romance do escritor Michael Connelly.
NOTA: 7/10

The Way Back, de Peter Weir
Este é o regresso de Peter Weir após o muito acessível Master and Comander e quanto a mim requer uma versão do realizador pois esta edição parece ter sido feita um tanto ou quanto à pressa quando o argumento até tem alguma substancia para ser esmiuçada.

URSS, 1940. Um grupo de sete prisioneiros consegue fugir de um campo de trabalhos forçados da Sibéria. Numa região deserta e completamente gelada, eles sabem que ainda não estão a salvo e que o pior está para vir. Assim, durante um duro e longo ano, numa luta diária para manterem as suas vidas e a sua sanidade mental, eles vão ter de percorrer sete mil quilómetros a pé, atravessando o deserto de Gobi e a cordilheira dos Himalaias, para conseguirem chegar à a uma zona que a guerra ainda não tenha afectado. The Way Back inspira-se no livro de memórias do polaco Slavomir Rawicz, "The Long Walk: The True Story of a Trek to Freedom". Entre o elenco vemos Ed Harris, Colin Farrell, Jim Sturgess, Saoirse Ronan e Mark Strong.

NOTA: 7/10

Mongol, de Sergey Bodrov


Genghis Kahn ficou conhecido como um dos maiores conquistadores de todos os tempos (só superado por Alexandre, o Grande). Este filme do realizador russo Sergei Bodrov olha para os anos de formação de Temudjin, o menino feito escravo que se viria a tornar Genghis Kahn, passando pela luta pela liberdade, a vingança pela morte da familia às mãos de um dos lideres de um clã rival, o mesmo que o tornou escravo.
Com uma bela direcção de fotografia e grandes cenas de batalha, este filme venceria o Oscar para melhor filme estrangeiro de 2008.

NOTA: 8/10

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Essential Killing, de Jerzy Skolimowski


No Afeganistão, um presumível terrorista é capturado após ter morto 3 americanos. Levado com outros prisioneiros para uma região gelada da Europa (não se chega a saber qual o país) acaba por escapar devido ao despiste de um dos camiões que transportava os detidos. A partir daí é uma luta pela sobrevivência sempre com os americanos no seu encalço.
Vincent Gallo, praticamente sem falar - grande parte do filme é só ele e a natureza - tem uma interpretação espantosa como este homem desesperado, capaz de tudo para sobreviver. A realização deste polaco de 72 anos ("O Uivo", "Quatro Noites com Anna", "Moonlighting") é igualmente excelente.

Nota: 8/10


terça-feira, 19 de julho de 2011

Daybreakers, de Peter e Michael Spierig


Numa época em que há vampiros por todo o lado, quer seja no cinema, televisão ou literatura surge este filme dos gémeos Spierig que é bem melhor que muita coisa do género que por aí anda.

Em 2019, uma praga transformou a maior parte dos humanos em vampiros. A raça dominante prevendo uma futura falta de sangue começa a recolher os poucos humanos existentes enquanto uma pequena resistência tenta salvar a humanidade com a ajuda de uns poucos vampiros.
Andam por lá nomes como Ethan Hawke, Sam Neill ou Willem Dafoe

Nota: 7/10

terça-feira, 12 de julho de 2011

Hanna, Joe Wright


Hanna é uma rapariga de 16 anos que foi criada pelo pai, um ex. operacional da CIA, para ser uma máquina de guerra. Após intensos anos de treino passados numa região isolada da Finlandia, Erik sente que Hanna já está preparada para voltar à vida real e assim concluir a sua vingança contra aqueles que os tentaram tramar.

Joe Wright (Orgulho e Preconceito e Expiação) estreia-se num género diferente do que nos habituou, com um thriller com tons de conto de fada, cheio de acção e com um naipe de bons actores à cabeça (Saoirse Ronan, Eric Bana, Cate Blanchet).
Atenção ainda para a excelente banda sonora dos Chemical Brothers.

NOTA: 7/10




sexta-feira, 10 de junho de 2011

Unknown, de Jaume Collet-Serra


Collet-Serra é um realizador espanhol, há muito radicado nos Estados Unidos. Aliás, foi para os EU porque se identificava mais com aquele cinema do que propriamente com o cinema espanhol!!!
Antes de realizar esta-tentativa-de-ser-um-novo-Jason-Bourne-mas-que-ele-diz-ser-uma-coisa-à-Hitchcock, Jaume tinha realizado os "fabulosos" House of Wax, Orphan e Goal II.

Justifica-se portanto a sua subestimação ao cinema espanhol.
Que continue pois a tentar, pode ser que um dia consiga chegar ao nivel dos seus idolos, Alfredo Hitchcock e Roman Polanski.

NOTA: 6/10

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Grande Ecran

Conviction, de Tony Goldwin
Baseado em factos reais este filme conta a história de Kenny (Sam Rockwell), acusado por um crime que não cometeu. O ministério público alega dificuldades em representa-lo e a condenação é mais que certa. Betty Anne (Hilary Swank) é mãe e trabalha, mas para livrar seu irmão da cadeia decide ir estudar Direito e interpor um recurso.

Apesar do "baseado em factos reais" esta é mais um filme de tribunais e não acrescenta nada de novo ao género.

NOTA: 6/10




Never Let Me Go, de Mark Romanek
Baseado no romance de Kazuo Ishiguro, a história deste filme é narrada por Kathy H., uma das alunas do colégio de Hailsham onde os humanos são clonados geneticamente para, quando atingirem uma determinada idade, doarem órgãos para transplantes. É quando saem do colégio para a realidade que se deparam com sensações que antes lhe eram desconhecidas: a paixão, o medo, a esperança, a traição, e a corrida contra o tempo que lhes escasseia para que se possam descobrir.

NOTA: 6/10

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Let me In, de Matt Reeves


Abby é uma misteriosa miúda de 12 anos que se muda para a casa ao lado da de Owen. Owen, para além de socialmente excluído, é fortemente perseguido na escola e na sua solidão forma uma profunda ligação com a nova vizinha. Sem deixar, no entanto, de reparar que Abby é diferente de toda a gente que já conheceu. À medida que uma série de sinistros assassinatos ocorrem na cidade, Owen tem que encarar o facto de que esta aparentemente inocente miúda é, na realidade, uma selvagem vampira.

Hollywood continua a sua saga de fazer remakes de bons filmes estrangeiros.
Let me In, de Matt Reeves (Cloverfield) é uma cópia quase perfeita do excelente filme sueco Let the Right One In, com o habitual toque final e muitos mais efeitos CGI, que a meu ver são perfeitamente desnecessários.
O filme no seu todo é bom, tem boas interpretações, Chloe Moretz (Kick-Ass), Kodi Smit-McPhee (The Road), Richard Jenkins (Six Feet Under, The Visitor), Elias Koteas (Crash, Thin Red Line), boa história, etc... mas se tivesse de escolher preferia o filme original.


segunda-feira, 2 de maio de 2011

Hævnen, de Susanne Bier


Anton é um médico que divide o seu tempo entre a sua casa numa cidade dinamarquesa, onde vive separado da mulher e dos filhos devido a um erro que cometeu, e o seu trabalho num campo de refugiados em África. Um dos seus filhos, Elias é vitima de bulling na escola e segue o exemplo do Pai, de não responder com mais violência. No meio da sua solidão, Elias torna-se amigo de um novo colega, Christian recentemente chegado à cidade, órfão de Mãe - vitima de cancro e revoltado contra o Pai que acusa de não ter feito tudo para salvar a Mãe. Um dia Christian ajuda Elias que estava novamente a ser agredido por um colega e esse acto vai desenrolar uma espiral de violência que os vai afectar a ambos e às suas famílias.
Cada filme de Susanne Bier é uma panóplia de emoções, quer pelos temas polémicos que aborda, quer pela forma como consegue entrar no intimo das personagens e levar isso ao espectador.

Hævnen (que significa "vingança") venceu o Golden Globe e o Oscar para melhor filme estrangeiro.

NOTA: 8/10


quarta-feira, 13 de abril de 2011

Cinema - ultimos vistos

And Soon the Darkness, de Marcos Efron

Duas amigas passeiam de bicicleta pela Argentina até que se perdem uma da outra.
Um filme de terror que não acrescenta nada ao género. NOTA: 5/10




Les Aventures extraordinaires d'Adèle Blanc-Sec, de Luc Besson


Adèle é uma jovem e aventureira repórter capaz de qualquer coisa para conseguir o que quer. Vai até ao Egipto em busca da cura da doença da sua irmã, na tumba secreta de um faraó. Ao regressar para Paris, ela percebe que o pânico tomou conta da população. Um ovo de dinossauro com milhões de anos chocou misteriosamente no museu e a criatura está a aterrorizar a cidade. Além disso, coisas estranhas continuam a acontecer no museu. Mas, nem o perigo e nem todo mistério por detrás dos curiosos acontecimentos impedirá Adèle de conseguir salvar sua irmã.

Adaptação por parte de Luc Besson de uma conhecida BD francesa de Tardi. As aventuras de Adéle Blanc-Sec são um bom entretenimento. Nota: 7/10

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Fair Game, de Doug Liman

Fair Game fala do caso Valerie Plame onde esta agente da CIA foi exposta publicamente depois de o seu marido, o ex-diplomata Joseph Wilson ter publicado um artigo acusando a administração Bush de mentir acerca da existência de armas de destruição maciça no Iraque.


O filme de denuncia politica, tão em voga nos anos 70 volta aqui a ter um bom representante.
Doug Liman traz-nos um thriller politico intenso, baseado em factos reais e por todos conhecidos.
Os actores envolvidos são de topo e dão outra dimensão a estas personagens.

Nota: 8/10


sábado, 19 de março de 2011

The King's Speech, de Tom Hooper


The King's Speech conta-nos uma parte da história do rei George VI (Colin Firth), que ascendeu ao trono de Inglaterra nos anos que antecederam a II Guerra Mundial. Só que este rei sofria de gaguez e numa época em que a rádio era o principal meio de chegar à maioria da população (incluindo as colónias inglesas) era necessário um líder com um discurso forte, mobilizador, que desse alento naquela fase difícil para o país. Ainda por cima o adversário na guerra tinha um lider com uma poderosa fluência discursiva: Adolf Hitler.
Para resolver a questão o rei, ajudado pela sua esposa (Helena Bonham Carter) procura um terapeuta da fala (Geoffrey Rush) e o filme incide essencialmente sobre a relação entre ambos.
O filme está muito bem interpretado e filmado, com uma fotografia boa, mas daí a considerá-lo o melhor filme do ano, como aconteceu nos Oscars, vai uma grande distância.
O prémio de melhor actor para Colin Firth é merecido mas só isso. É daqueles filmes que a Academia gosta e premeia de vez em quando.

NOTA: 8/10




sexta-feira, 18 de março de 2011

Blue Valentine, de Derek Cienfrance


Derek Cianfrance é um realizador ainda pouco conhecido que começou por trabalhar em documentários musicais mas ao segundo filme mostra uma astucia impressionante na forma como filma uma relação com bons e maus momentos.
Blue Valentine mostra-nos Dean (Ryan Gosling) e Cindy (Michelle Williams) um casal cuja relação que aparentemente tinha tudo para dar certo se vai desintegrando à frente nos nossos olhos.
Ryan e Michelle são grandes actor/actriz e têm interpretações brilhantes (ela até foi nomeada a um Oscar) e recriam na perfeição todos os problemas desta relação doentia.
O filme decorre no passado (inicio da relação) e no presente, com a curiosidade de a fotografia (excelente Andrij Parekh) nesses 2 períodos ser diferente (mais colorido na fase boa do casal, mais sombria na fase de ruptura).
Mais um belíssimo filme saído do meio independente que pode passar despercebido aos mais desatentos mas que merece ser visto.

NOTA: 8/10



quarta-feira, 9 de março de 2011

The Fighter, de David O. Russel


Mick Ward é um bouxer de baixo nível que tenta chegar ao sucesso apesar de viver na sombra do irmão Dickie Eklund, um ex-pugilista com problemas de toxicodependência. Só que Mickey sempre teve o apoio do irmão na sua ascensão e no momento em que pode chegar ao topo vai ter de decidir se quer continuar a ter a sua ajuda.
Baseado na história veridica da ascensão de Mick Ward ao sucesso, The Fighter é mais um filme sobre os relacionamentos entre as personagens do que um filme sobre boxe e vale principalmente pelas excelentes interpretações. Mike Wahlberg, Amy Adams, Christian Bale e Melissa Leo enchem o ecrã. Bale e Leo venceriam mesmo os Oscares de melhores actor/actriz secundários.

NOTA : 8/10