terça-feira, 21 de julho de 2015

Blackhat, de Michael Mann


Ao 13º filme (11 no cinema + 2 na TV) Michael Mann vira-se para o ciberterrorismo, que há umas décadas atrás podia ser considerado ficção cientifica, hoje já é uma ameaça bem real.
Quando um hacker ataca uma central nuclear chinesa o mundo fica em alerta, mas quando o ataque chega aos Estados Unidos é altura de intervir. Para isso reúne-se uma equipa de peritos chineses que pedem  a colaboração de um antigo colega que se encontra detido numa prisão americana. Nick Hathaway (Chris Hemsworth) está a cumprir uma pena de 15 anos por cibercrime e vai-se juntar ao ex-colega e à irmã para tentarem descobrir quem anda a causar estes atentados. A acção desenrola-se em vários locais do mundo: Hong Kong, EUA, Malásia, Indonésia.

O nome de Michael Mann faz elevar a fasquia para níveis que o filme não tem, no entanto estamos perante um bom thriller e o facto de ser o seu nome que vem à frente do realizador contribui muito.
De facto as marcas de Mann notam-se durante os longos 135 minutos do filme, que se arrasta na primeira metade até começarem a surgir as cenas de acção, onde o realizador é mestre, tendo o seu método já sido seguido por outros colegas de profissão, por mais que uma vez. 
A presença de Hemsworth podia assustar à partida mas o actor porta-se à altura dos acontecimentos, mostrando que a sua escolha não foi um risco. Michael Mann é um perfeccionista e até a música tem de ser escolhida com cuidado, ficando a banda sonora entre a Atticus Ross, habitual colaborador de Trent Reznor, quer nas suas bandas (Nine Inch Nails, How to Destroy Angels, por ex.) quer em bandas sonoras, com as quais já receberam vários prémios (oscar em The Social Network, de David Fincher).

Não sendo dos melhores filmes de Michael Mann, longe disso, Blackhat é um thriller acima da média.

NOTA: 8/10

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