sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Quantum of Solace, de Marc Forster


Ao 22º filme de Bond, James Bond eis a primeira sequela. De facto Quantum of Solace funciona como continuação do brilhante Casino Royale. Bond (2ª vez de Daniel Craig) está determinado a descobrir quem levou Vesper Lynd a trai-lo. As pistas levam-no até uma organização eco-terroristas liderada pelo sinistro Dominc Green (Mathieu Amalric) e a conhecer a bela Camille (Olga Kurylenko), também ela à procura de vingança.

Já haviamos percebido no filme anterior que este Bond anda mais no fio da navalha, escapa da morte por um triz , e leva porrada como gente grande (se ele fica assim como ficarão os outros - em relação a isto M (Judi Dench) pede-lhe várias vezes para deixar alguém vivo), embebeda-se com elaboradas bebidas que ele não sabe o que são mas no fundo não passam do mítico vodka martini shaken, not stirred.
Algumas referências a anteriores filmes Bond, principalmente aos da fase Sean Connery, desta vez com uma evidente a Goldfinger. Quem não se lembra de Shirley Eaton, morta em cima de uma cama e banhada em ouro? Desta vez o ouro é substituido por petróleo!

Gosto deste Bond, gostei do filme e a realização de Marc Forster é bastante competente, apesar de pisar uma área a que não estava habituado. Monster's Ball, Finding NeverLand e The Kite Runner foram os seus filmes anteriores, e que filmes.
Referência final para a falta que sinto de um ou dois gadgets do Q e para a musica deste filme, uma das melhores Bond-songs já feitas.
E pronto, venha de lá o Bond 23, de preferência com Daniel Craig que depois da vitória de Obama já veio dizer que se podia fazer um filme com um Bond negro. Aceitam-se apostas para a escolha desse actor!

NOTA: 9/10




PS. O trailer do Watchman visto numa sala de cinema perspectiva algo de grandioso!!!

6 comentários:

Paulo Pereira disse...

Daniel Craig deu uma bofetada de luva branca aos detractores, que inundaram a net com petições contra a escolha do britânico para ser o agente secreto mais famoso do Mundo.

A série teve, com os argumentos de Paul Haggis, uma reviravolta surpreendente, humanizando a mítica figura do herói. Casino Royale foi, como dizes, brilhante, conseguindo ressuscitar o interesse por um franchise que ameaçava cair na rotina.

Fico contente que este Quantum of Solace esteja ao mesmo nível.

Uma espécie de anti-herói, capaz de se apaixonar, sofrendo as agruras de viver uma profissão violenta, cometendo erros, desmistificando a ideia do herói impoluto que se tinha criado.

Longa vida a Daniel Craig, que terá reservado um lugar na história, ao lado do melhor Bond (para mim, Sean Connery), mas com qualidades que se assemelham.

E tu, quem foi o melhor Bond, para ti?

João Bizarro disse...

"E tu, quem foi o melhor Bond, para ti?"

Sir Sean, indeed!

Mas o Daniel Craig está em muito bom estilo. É um Bond mais humano, que leva porrada, que é torturado, que sangra e sofre por amor. Um Bond que escapa da morte por sorte e não por algum gadget do Q!

Paulo Pereira disse...

Sem dúvida, João. Foi uma inversão inesperada no mito bondiano.

E, talvez por isso, a série readquiriu o charme e encanto de outrora.

E é hoje, carago, que o vou ver numa bela sala de cinema:)

Americano disse...

Gostei muito do filme, e Daniel Craig é um excelente Bond, apesar de eu preferir o estilo mais descontraído do seu antecessor.

João, não achaste que no filme participa um primo do Paulo Bento? Eu pelo menos fartei-me de rir cada vez que a personagem entrava em cena :)

João Bizarro disse...

O meu preferido continua a ser o Sean Connery.
Mas o Daniel Craig está muito bem. Gosto do estilo.

O sósia do Paulo Bento era o braço direito do Dominic Green?

Americano disse...

Yep, esse mesmo. O penteado era igual, e certas imagens de perfil lembravam mesmo o Paulo Bento.