segunda-feira, 28 de fevereiro de 2005

And the Oscar goes to...

MELHOR FILME
«O Aviador»
«Sideways»
«Million Dollar Baby»
«À Procura da Terra do Nunca»
«Ray»

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
«Shrek 2»
«The Incredibles: Os Super-Heróis»
«O Gang dos Tubarões»

MELHOR FILME EM LÍNGUA NÃO-INGLESA
«Os Coristas» (França)
«Mar Adentro» (Espanha)
«As It Is In Heaven» (Suécia)
«Downfall» (Alamenha)
«Yesterday» (África do Sul)

MELHOR REALIZAÇÃO
Martin Scorsese, por «O Aviador»
Clint Eastwood, por «Million Dollar Baby»
Alexander Payne, por «Sideways»
Taylor Hackford, por «Ray»
Mike Leigh, por «Vera Drake»

MELHOR ACTOR PRINCIPAL
Don Cheadle, por «Hotel Ruanda»
Johnny Depp, por «À Procura da Terra do Nunca»
Leonardo DiCaprio, por «O Aviador»
Clint Eastwood, por «Million Dollar Baby»
Jamie Foxx, por «Ray»

MELHOR ACTRIZ PRINCIPAL
Annette Bening, por «Being Julia»
Catalina Sandino Moreno, por «Maria Cheia de Graça»
Hilary Swank, por «Million Dollar Baby»
Imelda Staunton, por «Vera Drake»
Kate Winslet, por «O Despertar da Mente»

MELHOR ACTOR SECUNDÁRIO
Alan Alda, por «O Aviador»
Thomas Haden Church, por «Sideways»
Morgan Freeman, por «Million Dollar Baby»
Jamie Foxx, por «Colateral»
Clive Owen, por «Closer - Perto Demais»

MELHOR ACTRIZ SECUNDÁRIA
Cate Blanchett, por «O Aviador»
Virginia Madsen, por «Sideways»
Laura Linney, por «Kinsey»
Sophie Okonedo, por «Hotel Ruanda»
Natalie Portman, por «Closer»

MELHOR ARGUMENTO ORIGINAL
* «O Aviador»
* «O Despertar da Mente»
* «Hotel Ruanda»
* «The Incredibles: Os Super-Heróis»
* «Vera Drake»

MELHOR ARGUMENTO ADAPTADO
* «Antes do Anoitecer»
* «À Procura da Terra do Nunca»
* «Million Dollar Baby»
* «Diários de Che Guevara»
* «Sideways»

MELHOR DIRECÇÃO ARTÍSTICA
* «O Aviador»
* «À Procura da Terra do Nunca»
* «Lemony Snicket: Uma Série de Desgraças»
* «O Fantasma da Ópera»
* «Um Longo Domindo de Noivado»

MELHOR FOTOGRAFIA
* «O Aviador»
* «House of Flying Daggers»
* «A Paixão de Cristo»
* «O Fantasma da Ópera»
* «Um Longo Domindo de Noivado»

MELHOR BANDA SONORA
* «À Procura da Terra do Nunca»
* «Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban»
* «Lemony Snicket: Uma Série de Desgraças»
* «A Paixão de Cristo»
* «A Vila»

MELHOR CANÇÃO
* «Shrek 2»: "Accidentally In Love"
* «Diários de Che Guevara»: "Al Otro Lado Del Río"
* «Polar Express»: "Believe"
* «O Fantasma da Ópera»: "Learn To Be Lonely"
* «Os Coristas»: "Look To Your Path (Vois Sur Ton Chemin)"

MELHOR GUARDA-ROUPA
* «O Aviador»
* «À Procura da Terra do Nunca»
* «Lemony Snicket: Uma Série de Desgraças»
* «Ray»
* «Tróia»

MELHOR MONTAGEM
* «O Aviador» * «Colateral»
* «À Procura da Terra do Nunca»
* «Million Dollar Baby»
* «Ray»

MELHOR SOM
* «O Aviador»
* «The Incredibles: Os Super-Heróis»
* «Polar Express»
* «Ray» * «Homem-Aranha 2»

MELHORES EFEITOS VISUAIS
* «Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban»
* «Eu, Robot»
* «Homem-Aranha 2»

MELHOR MONTAGEM DE SOM
* «The Incredibles: Os Super-Heróis» * «Polar Express»
* «Homem-Aranha 2»

MELHOR CARACTERIZAÇÃO
* «Lemony Snicket: Uma Série de Desgraças»
* «A Paixão de Cristo»
* «Mar Adentro»

MELHOR DOCUMENTÁRIO / CURTA-METRAGEM
* «Autism is a World»
* «The Children of Leningradsky»
* «Hardwood»
* «Mighty Times: The Children´s March»
* «Sister Rose´s Passion»

MELHOR DOCUMENTÁRIO / LONGA-METRAGEM
* «Born Into Brothels»
* «A História do Camelo Que Chora»
* «Super Size Me — 30 Dias de Fast-Food»
* «Tupac: Resurrection»
* «Twist of Faith»

MELHOR CURTA-METRAGEM / ANIMAÇÃO
* «Birthday Boy»
* «Gopher Broke»
* «Guard Dog»
* «Lorenzo»
* «Ryan»

MELHOR CURTA-METRAGEM / ACÇÃO REAL
* «Everything in This Country Must»
* «Little Terrorist»
* «7:35 in the Morning»
* «Two Cars, One Night»
* «WASP»

"Million Dollar Baby" grande vencedor dos Oscars

É uma das ironias desta edição dos Óscares: Martin Scorsese e «O Aviador» perderam para um filme em que o boxe é apenas uma metáfora para muito mais, tal como foi o caso de «O Touro Enraivecido» 24 anos antes.

«O Aviador» começou por ser o filme mais citado da noite, ganhando em diversas categorias prémias. Todos os premiados demonstraram nos seus discursos um enorme carinho por Martin Scorsese, que chegou a comover-se com o discurso da sua editora de sempre, Thelma Schoonmaker.

Por essa altura, a cerimónia estava a atribuir os prémios de acordo com a maioria das projecções, excepção (relativa) talvez no prémio para Melhor Caracterização, que foi para «Lemony Snicket» e não «A Paixão de Cristo». Apesar do suspense em algumas categorias de interpretação, o Óscar acabou por ser atribuído aos que se sabia terem ganho maior protagonismo nas semanas que antecederam os Óscares: Morgan Freeman, Cate Blanchett e Hilary Swank. Apenas chegado à categoria da realização, se perceberia o rumo final da cerimónia: a vitória foi para Clint Eastwood (o mais velho realizador a ser premiado) e este ainda não seria este o ano de Martin Scorsese, não obstante «O Aviador» ter sido o filme que recebeu mais Óscares na noite (cinco, contra quatro de «Million Dollar baby»). Scorsese, com 5 nomeações e 0 Óscares, junta-se a cineastas como Alfred Hitchcock e Robert Altman.

O palmarés final confirmou as projecções do ascendente de «Million Dollar Baby» nas últimas semanas e, quanto mais não seja, ao atribuir os seus principais Óscares a um filme intimista, desmente uma vez mais os comentadores da desgraça do cinema norte-americano, alegadamente dominado pelos efeitos visuais.

De resto, todos os filmes nomeados para o Óscar de Melhor Filme receberam pelo menos um Óscar, numa cerimónia que começou por passar clips de filmes da história do Cinema e cuja narração referia serem os Óscares uma altura de olhar o passado e o futuro, mas que mais uma vez a celebração do cinema saiu prejudicada. O que a cerimónia ganhou em rapidez (durou cerca de três horas e 10 minutos), ganhou também em aborrecimento e isto não necessariamente por causa dos prémios previsíveis. Perante a obsessão de reduzir o tempo da cerimónia, que chegou aos episódios caricatos de premiados fazerem o seu discurso da plateia ou Scarlett Johansson fazer a sua apresentação de um balcão recuado, as imagens de filmes ficaram praticamente reduzidas às que acompanhavam as nomeações nas categorias de interpretação, e dos filmes do passado apenas imagens antes do intervalo. Os clips dos cinco filmes nomeados ao Óscar principal foram eliminados e nem sequer o desaparecimento de Marlon Brando recebeu a atenção que o ano passado recebeu Katharine Hepburn.

A escolha dos apresentadores foi tradicional, principalmente de actores e actrizes nomeados nas categorias de interpretação, os textos para eles escritos rápidos e pouco inspirados. As excepções foram a introdução de Al Pacino a Sidney Lumet, a apresentação de Robin Williams (cuja fita adesiva na boca com que entrou em palco denunciava os rumores de que os produtores censuraram algumas das piadas que ele tinha previstas), Pierce Brosnan ao lado de Edna `E` Mode, de «The Incredibles» e o diálogo entre Adam Sandler e Chris Rock, com este a fazer as vezes de Catherine Zeta-Jones, lendo as frases que era suposto dizer a actriz também escalonada para apresentar a categoria.

Por outro lado, a cerimónia esteve longe de ter grande brilho. Os planos da audiência foram escassos, a realização teve falhas pouco habitais (nomeadamente antes do anúncio do Óscar para Melhor Actor Secundário) e a maior parte dos discursos dos premiados, que cumpriram quase sempre as regras estipuladas do tempo disponível, foram para esquecer. Um destaque especial para Jorge Drexler: premiado pela canção "Al Otro Lado Del Río", de «Diários de Che Guevara», que canta no filme, não foi convidado para fazer o mesmo na cerimónia, onde foi substituído por Antonio Banderas e Carlos Santana; quando recebeu o Óscar, cantou algumas partes, contribuindo para um momento belíssimo na cerimónia.

A sofisticação parece ter ficado apenas pelos vestidos da maior parte das actrizes, inspirados nos anos 30 e 40, que, ainda assim, parecem ter sido desenhados para dificultar a locomoção das mesmas. Já a cantora Beyonce Knowles, pela altura em que cantou a canção de «O Fantasma da Ópera», primou pelo exagero brutal: parecia desaparecer por detrás do maior colar de jóias e brincos existentes em Hollywood.

Quanto ao anfitrião, Chris Rock, embora a própria filosofia do programa o tenha prejudicado, pode-se dizer que acertou algumas piadas, mas falhou muitas mais. Também aí houve "raça" a mais e "cinema" a menos.

Fonte: Cinema 2000

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2005

As minhas escolhas

Isto de escolhas antecipadas é muito chato. Não vi os filmes e arrisco um palpite.
Digamos que são mais os filmes que me interessam ver.
E logo os de hoje...

Ei-los:

MAR ADENTRO The Sea Inside
Realizador: Alejandro Amenábar
Ramón é um tetraplégico que está preso a uma cama há trinta anos. A sua única janela para o mundo é a do seu quarto, perto do mar. Desde então que Ramón luta pelo direito a pôr termo à vida dignamente, luta pelo direito à eutanásia. A chegada de duas mulheres à sua vida alterará a sua existência...

Amenábar só tem filmes bons (Tese, Abre los ojos - versão original do Vanilla Sky, Os outros), e este já vem cheio de prémios por todo o mundo, embora não seja isso que me leve a ir ver o filme.

SIDEWAYS
Realizador: Alexander Payne
Miles, um recém divorciado e pretenso escritor, com uma fixação em vinhos, decide combinar com o seu velho amigo Jack, actor de telenovela, uma viagem de despedida de solteiro pela região vinícola do Vale de Santa Ynez. Jack procura nessa viagem o seu último sabor de liberdade. Miles só quer saborear a perfeição numa garrafa de vinho Pinot.

Embora (ainda) não tenha visto Election e About Schmidt, sei que Payne é um dos novos bons valores do cinema.

Estreias da semana

AS PAIXÕES DE JÚLIA
Being Julia
de István Szabó
Com Annette Bening e Jeremy Irons

CONSTANTINE
Constantine
de Francis Lawrence
com Keanu Reeves e Rachel Weisz

EROS TERAPIA
Je Suis Votre Homme
de Danièle Dubroux
com Catherine Frot e Isabelle Carré

MAR ADENTRO
The Sea Inside
de Alejandro Amenábar
com Javier Bardem e Belén Rueda

SIDEWAYS
Sideways
de Alexander Payne
com Paul Giamatti e Thomas Haden Church

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005

Leituras

Acabei, na Segunda-Feira passada de ler O Código Da Vinci, de Dan Brown.
Confesso que gostei muito.
Agora comecei a ler :

Regra de Quatro, A
Caldwell, Ian/ Thomason, Dustin
Conta a história de quatro finalistas da Universidade de Princeton que descobrem alguns dos segredos que poderão ajudar a desvendar o Hypnerotomachia Poliphili, um texto do século XV escrito em várias línguas por um padre romano no ano de 1499. Os estudantes vão compreendendo a mensagem codificada em labirintos linguísticos e matemáticos que estão por detrás de dissertações sobre arte, zoologia, erotismo e fé, capazes de descodificar segredos de obras da época Renascentista. No entanto, ao aperceberem-se da magnitude da descoberta que estão prestes a fazer e que poderá tornar-se no maior achado histórico de sempre, descobrem também que há mais quem conheça o valor do tesouro em questão e que esteja disposto a matar pela sua posse.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2005

Kusturica realiza documentário sobre Maradona

Com filmagens na Argentina, Espanha, Itália e Cuba, Emir Kusturica vai realizar documentário sobre Diego Maradona

O realizador bósnio Emir Kusturica vai filmar um documentário sobre o ex-futebolista argentino Diego Maradona, revelou hoje o jornal "Vecernje Novosti".

A rodagem terá início em Março, em Buenos Aires, e inclui filmagens em Nápoles, Barcelona e Cuba.

"A concepção do filme será muito complicada, mas a minha intenção é mostrar, nos próximos cinco meses, a verdadeira personalidade de Maradona", afirmou o realizador ao jornal, referindo que quer dar a conhecer o futebolista no seu ambiente familiar.

Diego Maradona, 44 anos, ex-capitão da selecção argentina de futebol, esteve em 2004 internado com graves problemas de saúde e devido à dependência de cocaína.

Emir Kusturica, que presidirá este ano ao júri do Festival Internacional de Cinema de Cannes, onde foi já duas vezes premiado com a Palma de Ouro, é autor de filmes como "Tempo dos Ciganos" (1988), "Underground" (1995), "Gato Preto, Gato Branco" (1998) ou "A Vida é um Milagre" (2004).

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2005

Os destaques "bizarros"

Esta semana vai para o filme de Clint Eastwood que já passou para a lista de "meus realizadores favoritos".
Million Dolar Baby
Na sequência de um doloroso afastamento da sua filha, Frankie revela uma já longa dificuldade na aproximação aos outros, e apenas lhe resta o amigo Scrap, um ex-boxeur que cuida do ginásio de Frankie. É então que entra em cena, no ginásio de Frankie, Maggie Fitzgerald, que sempre teve pouco da vida, mas que ao contrário de muitos, sabe bem o que quer e tem a determinação necessária para o alcançar.

O Mercador de Veneza
Na poderosa e liberal cidade de Veneza, no século XVI, Shylock vive saudavelmente no meio de empréstimos de dinheiro com juros- a única profissão possível para os judeus daquele tempo. Na mesma cidade, vive Antonio, um mercador cristão que tem como amigo um jovem nobre, Bassanio. Bassanio apaixonando-se pela bela Portia e desejando obter a sua mão, pede a Antonio 3.000 ducados emprestados...

Mais uma adaptação desta obra de William Shakespeare.
Dizem os entendidos que o GRANDE Al Pacino está "no apogeu do domínio da técnica de bem-representar. "

Estreias da semana

BACK TO GAYA - PEQUENOS HERÓIS
Back to Gaya
de Lenard Fritz Krawinkel
Com Patrick Stewart e Emily Watson

HOTEL RUANDA
Hotel Rwanda
de Terry George
com Don Cheadle e Joaquin Phoenix

MILLION DOLLAR BABY - SONHOS VENCIDOS
Million Dollar Baby
de Clint Eastwood
com Clint Eastwood e Hilary Swank

O MERCADOR DE VENEZA
The Merchant of Venice
de Michael Radford
com Al Pacino e Jeremy Irons

OS TEMPOS QUE MUDAM
Les Temps qui changent
de André Téchiné
com Catherine Deneuve e Gerard Depardieu

ROMASANTA - A CAÇA AO LOBISOMEM
Romasanta
de Francisco Plaza
com Julian Sands e Elsa Pataky

THE GRUDGE - A MALDIÇÃO
The Grudge
de Takashi Shimizu
com Sarah Michelle Gellar e Clea DuVall

terça-feira, 15 de fevereiro de 2005

2 comentários

Em relação ao pedido de desculpas de Tony Blair penso que mais vale tarde do que nunca.
Espero que seja um bom sinal.

Em relação às votações da Premiere e do Cinema 2000 nos 10 primeiros lugares estão 5 filmes que eu escolhi como os melhores de 2004:

O Grande Peixe
A Vila
Kill Bill, Vol 2
21 Gramas
A Paixão de Cristo

De referir ainda que a redacção da revista Premiere escolheu A Vila, de M. Night Shyamalan, como melhor filme de 2004

Leitores da "Premiere" e do Cinema 2000 elegem melhores filmes de 2004

1 - «O GRANDE PEIXE», Tim Burton (704)
2 - «LOST IN TRANSLATION — O AMOR É UM LUGAR ESTRANHO» Sofia Coppola (701)
3 - «A VILA», M. Night Shyamalan (689)
4 - «TERMINAL DE AEROPORTO», Steven Spielberg (674)
5 - «O DESPERTAR DA MENTE», Michel Gondry (665)
6 - «KILL BILL — A VINGANÇA — VOL. 2», Quentin Tarantino (664)
7 - «21 GRAMAS», Alejandro González Iñárritu (570)
8 - «NA AMÉRICA», Jim Sheridan (338)
9 - «A PAIXÃO DE CRISTO», Mel Gibson (291)*
10 - «ANTES DO ANOITECER», Richard Linklater (291)*

(*) Em caso de empate, a vantagem foi do filme que obteve mais vezes a nota máxima (10 pontos).

Depois, até ao vigésimo, a votação ficou assim ordenada:

11 - «À Procura da Terra do Nunca», de Marc Forster;
12 - «Shrek 2», de Andrew Adamson, Kelly Asbury, Conrad Vernon;
13 - «Colateral», de Michael Mann;
14 - «The Incredibles: Os Super-Heróis», de Brad Bird;
15 - «Homem-Aranha 2», de Sam Raimi;
16 - «Belleville Rendez-Vous», de Sylvain Chomet;
17 - «Diários de Che Guevara», de Walter Salles;
18 - «2046», de Wong Kar-wai;
19 - «Má Educação», de Pedro Almodóvar;
20 - «Eu, Robot», de Alex Proyas.

Fonte: cinema2000.pt

Tony Blair pede desculpas às pessoas que inspiraram filme «Em Nome do Pai»

O primeiro-ministro britânico pediu desculpas públicas às famílias Conlon e Maguire, protagonistas do maior erro judicial da história do país, quando 11 inocentes foram responsabilizados por atentados do IRA. A história que deu origem a «Em Nome do Pai», de Jim Sheridan, nomeado para vários Óscares em 1993, com Daniel Day-Lewis, Emma Thompson e Pete Postlewhaite.

O primeiro-ministro britânico Tony Blair pediu desculpas públicas às duas famílias que foram alvo do maior erro judicial da história do país, quando 11 pessoas foram encarceradas por ataques bombistas e cuja inocência viria a ser provada muitos anos depois.

Tony Blair comentou o encarceramento por engano de 11 pessoas de duas famílias irlandesas pelos ataques bombistas perpetuados pelo Exército Republicano Irlandês (IRA) em bares de Guildford e Woolwich (Inglaterra) em 1974, afirmando que "lamentava que eles tenham sido sujeitos a tal prova e injustiça". O pedido de desculpas é tanto mais relevante porque foi apresentado às famílias Conlon e Maguire nos seus aposentos privados em Westminster e, numa declaração televisiva, Blair referir que as famílias mereciam "ser completa e publicamente inocentadas".

Um dos chamados "Guildford Four", Gerry Conlon - que foi injustamente condenado por ter colocado as bombas - disse que as famílias tinham ficado satisfeitas com o pedido de desculpas, referindo que Blair tinha falado com muita sinceridade e "tinha ido muito para lá do que pensámos que ele iria, ele tirou tempo para ouvir todos", "podíamos ver que ele estava comovido pelo que as pessoas estavam a dizer. Este foi o culminar de uma luta encabeçada por Conlon durante mais de 30 anos, que afirmou hoje que este foi um dia que nunca esperou que chegasse e que ajudava a curar feridas e revoltas.

Esta acção de Tony Blair tem lugar no momento em que existe um novo impasse no processo de paz para a Irlanda do Norte, após o IRA estar a ser responsabilizado pelo assalto à mão armada a um banco de Belfast que rendeu cerca de 38 milhões de euros, e depois de uma grande campanha na Irlanda para um pedido público de desculpas.

Onze pessoas das famílias Conlon e Maguire foram condenadas erradamente por fazer e colocar as bombas do IRA que mataram sete pessoas e feriram mais de 100 em 1974, por provas forenses que mais tarde foram completamente desacreditadas e por uma conspiração policial que encobriu as provas da sua inocência. A maior parte dos condenados eram membros ou amigos das duas famílias. O pai de Gerry Conlon, Giuseppe, foi preso quando viajou de Belfast para Londres para ajudar o seu filho. Também detidos foram membros da família de Anne Maguire, parentes em cuja casa Giuseppe planeava ficar em Londres. Os restantes detidos foram dois amigos da família.

Giuseppe morreu na prisão. Em 1989, o Tribunal de Apelo invalidou as sentenças dos "Guildford Four" e em Junho de 1991 anulou as sentenças dos chamados "Maguire Seven", libertando todo o grupo. O caso ganhou bastante impacto com o filme «Em Nome do Pai», nomeado para sete Óscares em 1993: Daniel Day-Lewis foi nomeado para o Óscar de Melhor Actor pelo seu papel como Gerry Conlon, Pete Postlewhaite como Actor Secundário como Giuseppe Conlon, e Emma Thompson como actriz secundária no papel da advogada que após muitos anos conseguiu obter a libertação das famílias.



segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005

"O Aviador" e "Vera Drake" dominam prémios BAFTA

«O Aviador», de Martin Scorsese, foi galardoado com o prémio de Melhor Filme na cerimónia dos Bafta, mas teve de partilhar o palco com «Vera Drake», de Mike Leigh.

A Academia Britânica das Artes do Cinema e da Televisão, entregou os seus prémios em cerimónia realizada este sábado à noite, no cinema Odeon, em Leicester Square (Londres). O filme que retrata parte da vida de Howard Hughes recebeu também os prémios de Melhor Actriz Secundária (Cate Blanchett), Direcção Artística e Caracterização. Porém, Martin Scorsese voltou a não receber o galardão pelo seu trabalho de realizador, que foi para Mike Leigh, por «Vera Drake», que recebeu igualmente o prémio de Actriz (Imelda Staunton) e Guarda-Roupa.

O Melhor Filme Inglês foi «My Summer of Love», de Paul Pavlikovsky, que bateu precisamente «Vera Drake», e ainda «Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban», «Shaun of the Dead» e «Dead Man`s Shoes». Ainda assim, o filme das aventuras do jovem feiticeiro recebeu o prémio do público. «Diários de Che Guevara», de Walter Salles, foi o Melhor Filme Estrangeiro e teve também a Melhor Banda Sonora.

Leonardo DiCaprio perdeu o prémio de Melhor Actor para Jamie Foxx, pela sua interpretação do cantor Ray Charles em «Ray». O Actor Secundário foi Clive Owen, por «Perto Demais». O prémio de Argumento Original foi para «O Despertar da Mente», de Michel Gondry, filme que também ganhou o prémio de Montagem. «Sideways», de Alexander Payne, recebeu o prémio pelo argumento adaptado. O Prémio Carl Foreman para Melhor Primeiro Filme, foi para Amma Asante, que foi a realizadora «A Way of Life, de que também assinou o argumento. O prémio de Melhor Fotografia foi para «Colateral», de Michael Mann.

«À Procura da Terra do Nunca», de Marc Forster, nomeado em 11 categorias, e «House of Flying Daggers», de Zhang Yimou, nomeado para 9 prémios, não receberam qualquer prémio.

Em 2001, os Baftas passaram de Abril para Fevereiro, para terem lugar entre as cerimónias dos Globos de Ouro e os Óscares, ganhando assim um maior protagonismo e contando com a presença de muitos mais nomeados do outro lado do oceano, ainda que estejam longe de ser um barómetro fiável do que pode vir a acontecer nos prémios do fim deste mês.

Normalmente mais "pacíficos", este ano, a polémica chegou também aos Bafta, pela omissão de «Million Dollar Baby», de Clint Eastwood, aos prémios principais. Os votantes da Academia são 6240, que vêem os filmes em visionamentos especiais, mas principalmente através de «screeners, que são enviados às centenas por publicistas para garantir que os filmes elegíveis são vistos pelo maior número possível de votantes. Contudo, os estúdios de cinema assustam-se com a pirataria e alguns recusam-se mesmo a enviar cópias dos filmes. Como, nos casos mais optimistas, os visionamentos apenas permitem que os filmes sejam vistos por cerca de 1000 votantes, os «screeners tornaram-se essenciais.

Porém, não foram enviadas cópias de «Million Dollar Baby» a ninguém e o primeiro visionamento foi marcado tardiamente, 14 de Dezembro, sendo apenas visto por cerca de 100 pessoas. Quando foram marcados mais dois visionamentos, era tarde demais: existem três fases de votações dos prémios, que reduzem as listas de centenas de filmes primeiro para 15, depois para 5 e finalmente para o vencedor, e o filme de Eastwood nem chegou aos 15 finalistas.

Este ano, ao decidir aproximar as suas regras, às da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que atribuem os Óscares, ironicamente os Bafta foram vítimas de uma decisão recente para assegurar transparência no seu sistema de votação, já que, anteriormente, um comité dos Bafta podia evitar embaraços adicionando discretamente títulos à lista final, quer os membros tivessem votado neles ou não.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005

Os meus destaques

Kinsey, de Bill Condon
1948, Universidade de Indiana. O professor Alfred Kinsey (Neeson), que tem um interesse especial na área do comportamento humano, publica um estudo sobre o comportamento sexual americano. O estudo, que fala de assuntos quase tabus até então, cai como uma bomba e torna Kinsey alvo de reconhecimento mas também de muitas críticas.

Ray, de Taylor Hackford
"Biopic" musical da lenda americana Ray Charles (Foxx). Nascido numa zona pobre da Georgia, Ray ficou cego aos sete anos. Apesar disso, torna-se num dos mais conhecidos músicos do mundo e revoluciou a música soul, o jazz, o country e o gospel.

P.S. I Love you, de Dylan Kidd
Louise Harrington (Linney) é uma divorciada de trinta e poucos anos que trabalha na Universidade de Columbia. Ao entrevistar um jovem pintor, Louise mal consegue acreditar na semelhança com um antigo amor de liceu, que morreu num acidente. A atracção é imediata, mas será apenas a tentativa de retomar um amor antigo?

Estreias da semana

BLADE TRINITY: PERSEGUIÇÃO FINAL
Blade: Trinity, de David S. Goyer
Com Wesley Snipes e Kris Kristofferson

GARDEN STATE, de Zach Braff
com Zach Braff e Ian Holm

P.S. - AMO-TE
PS - I Love You, de Dylan Kidd
com Laura Linney e Gabriel Byrne

RAY, de Taylor Hackford
com Jamie Foxx e Kerry Washington

RELATÓRIO KINSEY
Kinsey, de Bill Condon
com Liam Neeson e Laura Linney

TARNATION, de Jonathan Caouette
com Jonathan Caouette"

terça-feira, 8 de fevereiro de 2005

Cinema em casa

No passado fim-de-semana tive o prazer de assitir sentado no meu sofá:

The eye, Pang Brothers (7/10)
Filme de terror, do cinema asiatico (Hong Kong), realizado pelos irmãos Pang (Oxide Pang Chun, Danny Pang). Uma rapariga cega a quem foi feito um transplante de córnea começa a ter estranhas visões...

Carandiru, Hector Bebenco (8/10)
O célebre massacre nesta penitenciária brasileira é aqui brilhantemente retratado.

Paycheck - Pago para esquecer, John Woo (6/10)
Mais um filme baseado numa short stroy de Philip K. Dick (Blade Runner, Minority Report). É apenas isso. Uma Thurman anda por lá.

Longe do Paraiso, Todd Haynes (8/10)
Homenagem de Todd Haynes a alguns filmes dos anos 50, mais propriamente à obra de Douglas Sirk. Excelente filme. Com interpretações brilhantes de Julianne Moore e Dennis Quaid.

Total Recall, Paul Verhoeven (6/10)
Revi também este filme de ficção, de Paul Verhoeven (Instinto fatal), baseado mais uma vez numa short story de Philip K. Dick (We Can Remember It For You Wholesale). O actual governador da Califórnia ainda tinha a mania que era actor (em qual das duas ele é pior?).

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2005

E o destaque vai para...

O AVIADOR The Aviator
________________________________________
Realizador: Martin Scorsese
Tendo herdado uma vasta fortuna, o jovem Howard Hughes, apaixonado pela aviação e decidido a criar nome na indústria cinematográfica, produz de forma extravagante e hiper-perfeccionista o famoso épico de guerra "Os Anjos do Inferno". O prolongamento das rodagens ao longo de três anos e a forma inconsequente como investe dinheiro nesta megalomania cinéfila granjeiam-lhe uma imensa fama na comunidade artística de Hollywood.

VERA DRAKE
________________________________________
Realizador: Mike Leigh
Vera é uma mulher solícita sempre disponível para os outros. É uma esposa amada e uma mãe dedicada. Todavia, os seus fins de tarde escondem um segredo que certo dia lhe cai em cima, esmagando-a por completo e desagregando a família que só à custa de muito amor se mantém unida.

Estreias da semana

BOLEIA ARRISCADA
Riding the Bullet
de Mick Garris
Com Jonathan Jackson e David Arquette

ELEKTRA
de Rob Bowman
com Jennifer Garner e Goran Visnjic

O AVIADOR
The Aviator
de Martin Scorsese
com Leonardo DiCaprio e Cate Blanchett

VERA DRAKE
de Mike Leigh
com Imelda Staunton e Richard Graham"