terça-feira, 23 de setembro de 2014

Nebraska, de Alexander Payne


Nebraska é uma joia de filme que viu os seus méritos serem reconhecidos devido à excelente prestação dos actores em cena. 
A fotografia a preto e branco realça a decadência e melancolia daquela zona dos Estados Unidos e fortalece a atmosfera entristecida que as personagens querem transmitir. 
Bruce Dern interpreta Woody, um homem de idade com sinais de senilidade, em boa parte devido a uma vida de alcoolismo. A esposa, interpretada por June Squibb é firme e orgulhosa e não deixa nada para dizer. O filho mais velho David (Will Forte) vende produtos electrónicos em Billings, Montana e Ross (Bob Odenkirk) é o outro filho, um jornalista na televisão local. Quando Woody recebe uma publicidade a dizer que tem de ir a uma cidade do estado do Nebraska para levantar 1 Milhão de dólares que acaba de ganhar. Impedido de guiar, Woody decide ir a pé e vendo que o pai não vai desistir da sua jornada, David decide levá-lo, numa viagem que dará para se ficarem a conhecer melhor, eles que sempre tiveram uma relação distante. 
Alexander Payne é perito a contar histórias de homens de certa idade, deslocados e perdidos no mundo, que normalmente partem numa jornada de autodescoberta. Foi assim em Sideways, About Schmidt ou Os Descendentes e volta a fazê-lo aqui, sendo a primeira vez que não tem a seu cargo o argumento, que fica para o estreante Bob Nelson. Um filme muito bom, que está no rol dos melhores que vi ultimamente.

NOTA: 8/10

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