sexta-feira, 20 de junho de 2014

Fargo (a série)


Tendo como base a história criada por Joel e Ethan Coen em 1996, Noah Hawley cria uma nova história baseada em factos (supostamente - como no filme dos Coen) reais. A ideia que nos é dada é de que esta é que é a história real e o filme dos Coen adaptou-a.
Lester Nygaard (brilhante Martin Freeman) é um cromo que vende seguros. A mulher trata-o abaixo de cão, o irmão mais novo é o menino bonito da família e como se isso não bastasse o fanfarrão que lhe fazia bullying na escola continua a abusar do pobre Lester, quando quer e lhe apetece. É após mais uma humilhação às mãos de Moe Hess que vai parar ao hospital e tem uma conversa com um estranho na sala de espera.

Esse estranho é Lorne Malvo (magnifico Billy Bob Thornton), um assassino profissional, do pior (e melhor) que já vimos em filmes e séries. A partir daqui começa o banho de sangue... Entretanto um outro crime, que pode estar relacionado a Malvo é investigado por uma determinada agente da autoridade, Molly Solverson.


Este é apenas o ponto de partida de Fargo (a série), que ao longo de 10 episódios tem muitos altos e nenhum baixo, não ficando a dever nada ao grande filmaço dos Coen. 
E melhor elogio que este não lhe pode ser feito. Aliás, o espírito do filme está aqui presente em cada minuto, desde a fotografia, passando pela pronuncia da região, terminando na semelhança entre as principais personagens. Lester Nygaard/Jerry Lundgaard (ambos falhados sem escrúpulos) e Molly Solverson/Marge Gunderson (ambas policias determinadas em resolver os casos).
Brilhantemente escrita por Noah Hawley, com realizações à altura,  fotografia e montagem igualmente brilhantes, Fargo é o acontecimento televisivo do ano, superando True Detective que já tinha sido excelente.

 
Hotel Owner: Is it just for you, the room? 
Lorne Malvo: What difference does that make? 
Hotel Owner: It's a different rate for two. And if you got pets, dog, cat, it's an extra 10 bucks. 
Lorne Malvo: What if I got a fish?

2 comentários:

P disse...

Faltou-te só menção à ironia do pai de Molly. Adorei a personagem.

E que evolução do cromo? Digna de um verdadeiro poster...

João Bizarro disse...

Sim. Esqueci-me desse "pormaior". Grande Keith Carradine.