sexta-feira, 23 de julho de 2010

Inception, de Christopher Nolan


Dominic Cobb (Leonardo DiCaprio) é um sonhador profissional. Os militares criaram uma ferramenta de treino que permite que as pessoas partilhem os sonhos.
Só que há pessoas como Cobb e o seu grupo de amigos que se serve desta tecnologia para roubar segredos e informações importantes. Mas nem tudo são rosas neste mundo, o sonhador preenche o mundo que o arquitecto criou com os seus segredos e consoante a sua personalidade. Cada um pode moldar o sonho conforme a sua conveniência o que pode por em risco toda a missão (o próprio Cobb tem experiência negativa neste aspecto).
Agora Cobb têm uma missão muito mais arriscada, uma das suas vitimas torna-se seu empregador e pede-lhe, não que roube uma informação mas que implante uma ideia na cabeça de alguém. Trabalho impossível para muitos mas não tanto para a equipa de Cobb. Além de que esse trabalho vai permitir a Cobb regressar aos Estados Unidos, país que o persegue após uma missão mal sucedida.
As cenas de acção (algumas delas à la Matrix) são um must. A fotografia de Wally Pfister é do melhor que se tem visto. Um elenco com Leonardo Di Caprio, Marion Cotillard, Ellen Page, Tom Berenger, Michael Caine, Tom Hardy, Joseph Gordon-Levitt, só poderia estar a grande altura. E para ajudar e acompanhar cada frame está uma magnifica banda sonora de Hans Zimmer.

É incrível notar que Chris Nolan tem apenas 39 anos e já um curriculo de fazer inveja, mesmo a alguns dos grandes mestres da 7ª arte.
E mais uma vez, como na maior parte dos seus filmes, Nolan brinca com a nossa mente (Following, Memento, The Prestige, são disso exemplo). Desta vez através dos sonhos, através da sua construção (e desconstrução). O que é sonho? O que é realidade? O filme combina na perfeição, thriller, ficção cientifica e drama humano partindo de um assalto (o tal implante) e parte para um desencadear de emoções que nos vão deixar presos à cadeira durante as 2 horas e meia de duração.
Se algo mais havia a provar, após uma série de excelentes filmes, Chris Nolan entra aqui para a galeria dos mestres da 7ª arte. Se há realizador que pode brincar com a minha mente, esse é Christopher Nolan. Cá ficarei à espera que ele me implante mais um dos seus labirínticos argumentos...

NOTA: 10/10




8 comentários:

P disse...

10 em 10?
Fogo!

Tenho mesmo que o ir ver amanhã!
Estava indecisa entre o "get some rosemary", o "Ghost Writer" e esse.

Pelos vistos tenho que ir ver mesmo esse. :)

João Bizarro disse...

O Ghost Writer também é muito bom, mas este ultrapassa todas as marcas...

Mary disse...

Acabo de chegar do cinema e só consigo dizer: UAU.

:-)

P disse...

Genial, brilhante, notável, excepcional! Será uma referência durantes os próximos anos! Lembrou-me tanto o Matrix!

Apeteceu-me ver novamente! Tentar ver com outros olhos, os diálogos, as pequenas coisas...
Genial! :)

syrin disse...

Gostei do filme, mas mesmo assim acho que algumas personagens estavam mal desenvolvidas, muito apagadas. O caso da Ellen Page salta à vista, e o mesmo podemos dizer das restantes personagens do elenco que não seja o Cobb, o Arthur e a Mal.
Still, gostei do filme, e gostei especialmente do facto dos efeitos especiais não estarem muito exagerados, quase parecerem "reais" num cenário "real" (ao contrário de, por exemplo, o que fizeram no Matrix).

João Bizarro disse...

Apetece ver novamente, não é?

syrin, a única personagem que acho que podia ser melhor explorada é a da Ellen Page.

RicardoRodrigues disse...

Este, para mim, foi o melhor filme de 2010 até agora! Eu adorei ver este filme. Um argumento espectacular, tens toda a razão em tudo o que dizes!

Os Filmes de Frederico Daniel disse...

É uma obra-prima 5*