quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A Serious Men, Joel e Ethan Coen


Mais uma fábula dos Coen sobre um homem "que não estava lá".
O filme começa com um prólogo passado numa povoação polaca. Um homem chega a casa e diz que encontrou alguém pelo caminho. A mulher fica em estado de choque pois diz que esse alguém já morreu há anos e deve ser o espírito dele. Batem à porta... silêncio. O homem diz que convidou o "possível espirito"para jantar. O homem entra e diz que está vivo e bem de saúde. A mulher continua a achar que ele é um dybbuk (espírito para os judeus) e para o provar espeta-lhe uma faca no peito. O homem sai ensanguentado e a cambalear. Salvação ou maldição? Nunca o saberemos.

Andando para a frente no tempo, vamos até à América dos anos 60 onde Larry Gopnik, um professor de Física da Universidade de Midwestern acaba de ser informado que a sua mulher, Judith o vai deixar. Ela apaixonou-se por um dos seus colegas, Sy Ableman, que, aos seus olhos, é alguém muito mais interessante do que o seu marido. A família de Larry também não ajuda muito: o seu irmão Arthur mora lá em casa e dorme no sofá; o filho Danny é um estudante problemático e rebelde que rouba dinheiro à irmã para comprar charros; e a filha Sarah rouba, frequentemente dinheiro ao pai para fazer uma plástica ao nariz. A juntar a isto um aluno coreano tenta suborná-lo para conseguir uma nota melhor e a partir dai passa a chantageá-lo, o que pode por em causa a sua carreira na Universidade.
Larry decide pedir conselhos a três rabinos diferentes que poderão ou não ajudá-lo a enfrentar este e outros problemas que vão surgindo...

Mais um grande filme dos Coen que para não fugir à regra aborda os temas e técnicas muito usados por eles e filmado pela câmara luminosa de Roger Deakins (outro habitué dos Coen).
As interpretações são espantosas (Michael Stuhlbarg é estupendo) principalmente se notarmos que são actores desconhecidos - o único que conhecia é Adam Arkin da série Sons of Anarchy.

NOTA: 9/10


3 comentários:

P disse...

E o Rabino #1 Simon Helberg, não conheces? da série The Big Bang Theory.

Eu adorei o filme! E achei curioso o dilema entre o fazer o bem e o correcto e fazer aquilo que os outros esperam que façamos.

Não mencionas a vizinha. :)

Este ano os candidatos a Oscar de melhor filme são bastantes fortes. Qual é o teu prognóstico?

João Bizarro disse...

Conheço o Simon Helberg de outras paragens (Good Night and Good Luck).

Não acompanho The Big Bang Theory.

Gostava que o Oscar fosse para o Inglorious Basterds. Mas infelizmente acho que vai para o Avatar.

P disse...

Também adorei Inglorious Basterds.
Não gostei da história de Avatar. Gostei dos efeitos.
Vamos ver se haverá surpresas ou não. ;)

Jinhos e Continuação de Bom trabalho.
P.