sexta-feira, 1 de maio de 2009

Death Proof, de Quentin Tarantino

Agora que revi o filme chunga de Tarantino em DVD trago aqui aquilo que escrevi aquando do visionamento num cinema. Também vi a versão Grindhouse e esta que surgiu na Europa acrescenta muito mais à trama.

Depois de algumas revisitações que incluíram filmes de artes marciais e western spaghetti, Quentin Tarantino virou-se agora (juntamente com Robert Rodriguez) para os filmes xunga (série Z) que passavam em sessões duplas em salas chamadas Grindhouse.

 

Em Portugal os 2 filmes Grindhouse foram apresentados separadamente estreando primeiro este À Prova de Morte.

E ainda bem que assim foi pois esta versão tem mais 27 minutos que aquela que foi apresentada nos Estados Unidos.

A cicatriz que marca a cara de Stuntman Mike (um excelente Kurt Russell) é o que ele tem de menos inquietante. Duplo de filmes e séries de televisão dos anos 70, ele distrai-se a utilizar o seu carro Chevy Nova “à prova de morte” para matar belas jovens.

A estrutura do filme divide-se em duas partes separadas por alguns meses e por dois grupos de mulheres perseguidas por Stuntman Mike. O primeiro grupo formado por raparigas arrogantes que só pensam em divertir-se, o segundo grupo com mulheres mais temperamentais e decididas que vão causar mais dificuldades ao vilão.

Sendo já hábito em Tarantino, À Prova de Morte está cheio de referências de filmes anteriores, repare-se por exemplo no carro amarelo com lista preta fazendo lembrar a vestimenta que Uma Thurman usava em Kill Bill. E só para reparar nestes pequenos pormenores já vale a pena ir ver o filme.

E como bom filme série Z,  À Prova de Morte tem tudo aquilo a que tem direito: uma cópia riscada, saltos de imagem, falhas no som,... Por isso, senhores espectadores, não vale a pena tentar agredir o projeccionista! O filme é mesmo assim!

Quanto a mim é imperdivel.

NOTA: 9/10


7 comentários:

Hugo disse...

Aqui no Brasil os filmes também foram lançados em separado.
Eu assisti apenas "À Prova de Morte" e este tem a cara de Robert Rodriguez... muito sangue, personagens exagerados e um diversão garantida.

Abraço

Carlos M. Reis disse...

Na próxima Take, temos uma entrevista exclusiva relacionada com alguém do filme. Fica atento ;)

João Bizarro disse...

Hugo, não estarás a confundir com o "Planet Terror" esse sim do Robert Rodriguez?

Knoxville, cá ficarei à espera...

Roberto Simões disse...

Conheço pouco Quentin Tarantino.
Aquela que dizem ser a sua melhor obra, PULP FICTION, já se sabe que não gosto...

Talvez um dia estes filmes venham ter comigo e eu os descubra...

Cumps.
Roberto F. A. Simões
CINEROAD - A Estrada do Cinema

João Bizarro disse...

Roberto, o Tarantino é um realizado do qual não é fácil gostar.
Se não gostaste do Pulp Fiction vai ser dificil gostares de qualquer outro.

Mas nunca se sabe. Começa pelo Jackie Brown.

Paulo Pereira disse...

O filme é, como se diz na gíria, uma moca. Mais um exercício exuberante de Tarantino, recriando uma história plena de acção, com um inesquecível Kurt Russel. Brilhante!

João Bizarro disse...

Paulo, "uma pedra", "uma moca", qualquer destes termos adjectiva bem o cinema do Tarantino.

E já aí vem o Inglorious Bastards.