segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Body of Lies, de Ridley Scott


Ed Hoffman (Russel Crowe) é um veterano da CIA e responsável pelo combate ao terrorismo no Médio Oriente. Roger Ferris (Leonardo DiCaprio) é o seu espião no terreno. Desde o Iraque até à Jordania ele procura o lider de uma célula terrorista que tem despoletado atentados em diversos países da Europa. Na Jordania, Ferris tem de trabalhar com o líder da policia secreta, mas no mundo da espionagem eles não sabem em quem devem confiar.

Baseado no romance do jornalista do Washington Post David Ignatius, Body of Lies é mais um de muitos bons filmes da carreira de Ridley Scott. Realizador de dois filmes vintage (Alien e Blade Runner), Scott tem contruido uma carreira competente e tirando um ou outro precalço (G.I. Jane) tem feito filmes muito acima da média (Thelma e Louise, Gladiador, Black Hawke Down, Kingdom of Heaven, American Gangster) e este não foge à regra.
Russel Crowe, que tem a sua 4ª aparição num filme de Ridley Scott está ao seu melhor nível e DiCaprio prova cada vez mais que por trás daquela cara de puto giro está um grande actor.

Curiosidade: A actriz iraniana Golshifteh Farahani foi banida do seu país por entrado no filme sem autorização do governo do Irão.

NOTA: 9/10


1 comentário:

Paulo Pereira disse...

Cá está ele, em todo o seu esplendor. Confesso que costumo torcer o nariz a adaptações de livros. São raros os casos que conseguem transportar, das páginas dos livros para o celulóide toda a intensidade da obra literária.

Ao que parece, este será um dos casos. Não é de admirar. Com Ridley Scott aos comandos e dois peso-pesados a actuarem, com a temática do Médio Oriente a servir de argumento, só podia dar um grande filme.

Folgo que assim seja. Mas, independentemente disso, aconselho a descbeta de David Ignatius, o criador do livro. Conseguiu retratar, de forma bem elaborada, toda a tensão que se vive naquele autêntico tabuleiro de xadrez que é o Médio Oriente.

ps: E, para quem gostar da temática, aconselho vivamente os livros de Daniel Silva. Pena que, ao que saiba, não esteja nenhum adaptado ao cinema. Tem personagens fortes (o espião israelita Gabriel Allon é uma delas), argumentos brilhantes e muitas sequências de acção.