Este mês iremos entrar no Labirinto do Fauno, o primeiro grande filme estreado entre nós em 2007.
Para quem este título possa ser menos conhecido convém dizer que foi candidato a 6 Oscars, acabando por receber 3 estatuetas: MELHOR DIRECÇÃO ARTÍSTICA, Eugenio Caballero, Pilar Revuelta; MELHOR FOTOGRAFIA, Guillermo Navarro; MELHOR CARACTERIZAÇÃO, David Martí, Montse Ribé.
Espanha, 1944. Oficialmente, a Guerra Civil já terminou há cinco anos, mas um pequeno grupo de rebeldes continua a lutar, invencível, no norte montanhoso de Navarra.
Carmen (Ariadna Gil) e a sua filha Ofelia (Ivana Baquero) chegam a uma aldeia onde reside o novo marido de Carmen, um capitão do exército franquista (fabuloso Sergi Lopez) obcecado com o filho que a esposa tem na barriga e em eliminar todos os rebeldes republicanos que combatem a ditadura a partir das montanhas.
Entretanto, Ofelia descobre no labirinto que rodeia a casa um fauno, uma figura mitológica (parte humana, animal e árvore) que a reconhece e intima a cumprir três tarefas para poder converter-se na princesa que já foi um dia.
Perante a crueldade do mundo real, Ofélia não tem dúvidas em escolher o mundo paralelo, onde supostamente é a princesa Moana, tentado assim completar as tarefas que lhe são pedidas.
Mundo real e imaginário encaixam bem neste fabuloso conto de Del Toro, realizador já habituado a criar mundos fantásticos, como por exemplo em Hellboy (2004) e Blade II (2002), os seus filmes mais comerciais (por isso mais conhecidos) mas longe de serem os seus melhores.
Visualmente deslumbrante, com uma magnífica fotografia de Guillermo Navarro, que como já disse arrecadou o Óscar, O Labirinto do Fauno é uma fábula, mas não uma fábula infantil, somos muitas vezes confrontados com cenas de extrema violência, com o Mal a ser encarnado por um ser do mundo real, o Capitão Vidal – a melhor encarnação do Mal dos últimos tempos – um ser tão mau que até se odeia a si próprio (há uma cena em que ele se barbeia em frente a um espelho e simula a sua própria decapitação) e não do mundo imaginário. A nível estético e de criação de mundos paralelos faz-nos lembrar as obras do mestre da animação japonesa, Hayao Miyazaki, do qual Guillermo del Toro é fã. Mas também obras de Lewis Carrol – Alice no país das maravilhas.
O cinema mexicano está assim a dar cartas na 7ªa arte com cineastas como Del Toro, Alfonso Cuarón (que também é o produtor executivo deste filme) e Alejandro Gonzalés Iñarritu.
Vale muito a pena embarcar neste viagem fantástica.
Para quem este título possa ser menos conhecido convém dizer que foi candidato a 6 Oscars, acabando por receber 3 estatuetas: MELHOR DIRECÇÃO ARTÍSTICA, Eugenio Caballero, Pilar Revuelta; MELHOR FOTOGRAFIA, Guillermo Navarro; MELHOR CARACTERIZAÇÃO, David Martí, Montse Ribé.
Espanha, 1944. Oficialmente, a Guerra Civil já terminou há cinco anos, mas um pequeno grupo de rebeldes continua a lutar, invencível, no norte montanhoso de Navarra.
Carmen (Ariadna Gil) e a sua filha Ofelia (Ivana Baquero) chegam a uma aldeia onde reside o novo marido de Carmen, um capitão do exército franquista (fabuloso Sergi Lopez) obcecado com o filho que a esposa tem na barriga e em eliminar todos os rebeldes republicanos que combatem a ditadura a partir das montanhas.
Entretanto, Ofelia descobre no labirinto que rodeia a casa um fauno, uma figura mitológica (parte humana, animal e árvore) que a reconhece e intima a cumprir três tarefas para poder converter-se na princesa que já foi um dia.
Perante a crueldade do mundo real, Ofélia não tem dúvidas em escolher o mundo paralelo, onde supostamente é a princesa Moana, tentado assim completar as tarefas que lhe são pedidas.
Mundo real e imaginário encaixam bem neste fabuloso conto de Del Toro, realizador já habituado a criar mundos fantásticos, como por exemplo em Hellboy (2004) e Blade II (2002), os seus filmes mais comerciais (por isso mais conhecidos) mas longe de serem os seus melhores.
Visualmente deslumbrante, com uma magnífica fotografia de Guillermo Navarro, que como já disse arrecadou o Óscar, O Labirinto do Fauno é uma fábula, mas não uma fábula infantil, somos muitas vezes confrontados com cenas de extrema violência, com o Mal a ser encarnado por um ser do mundo real, o Capitão Vidal – a melhor encarnação do Mal dos últimos tempos – um ser tão mau que até se odeia a si próprio (há uma cena em que ele se barbeia em frente a um espelho e simula a sua própria decapitação) e não do mundo imaginário. A nível estético e de criação de mundos paralelos faz-nos lembrar as obras do mestre da animação japonesa, Hayao Miyazaki, do qual Guillermo del Toro é fã. Mas também obras de Lewis Carrol – Alice no país das maravilhas.
O cinema mexicano está assim a dar cartas na 7ªa arte com cineastas como Del Toro, Alfonso Cuarón (que também é o produtor executivo deste filme) e Alejandro Gonzalés Iñarritu.
Vale muito a pena embarcar neste viagem fantástica.
NOTA: 10/10
1 comentário:
Mais um bom filme visto em conjunto. Gosto quando proporcionas estes momentos de bom cinema, mesmo em casa.
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