sábado, 26 de novembro de 2005

«Munich», de Steven Spielberg, vai estrear com pouca publicidade tradicional

Não haverá encontros com a imprensa. Ou ante-estreias. Nem sequer uma campanha para os Oscars. Apenas trailers e cartazes. A estratégia é deixar os espectadores ver o filme sem este lhes ser "impingido". De qualquer forma, talvez exista algum impacto nas salas e cinema, já que o realizador em questão se chama Steven Spielberg e o seu último filme o mais aguardado da temporada: «MUNICH». De acordo com um artigo no LA Weekly, o realizador Steven Spielberg decidiu que não haverá press junkets (encontros com a imprensa), ante-estreia ou campanhas de marketing para os Oscars do seu novo filme, o muito aguardado «Munich». A estratégia oficial, de acordo com uma fonte, será deixar o filme "falar por si mesmo", mostrando-o apenas aos espectadores sem qualquer publicidade tradicional antes ou depois da sua estreia a 23 de Dezembro. Como refere a mesma fonte, "tem de se ser Steven Spielberg para conseguir fazer uma coisa destas". Em todo o caso, pessoas ligadas a outros filmes com aspirações referem que isto acontece porque Spielberg poderá ter conseguido ser capa da revista Time, o que ninguém quis confirmar. Desde que foi anunciado, «Munich» tem sido considerado um dos favoritos aos Oscars. Mas também desde então começou a polémica, com receios que o relato da operação levada a cabo para caçar os 11 terroristas responsáveis pela tragédia dos atletas israelitas nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972 mostra-se os isrealitas como sanguinários ou os palestinianos como estereótipos. Fontes referem que Spielberg trabalhou muito próximo com o argumentista Tony Kushner (multi-premiado dramaturgo de «Anjos na América») para criar personagens complexas. Várias notícias especulavam sobre o pouco tempo que havia para completar todo o trabalho no filme, cuja produção foi a um ritmo alucinante (as filmagens terminaram no fim de Setembro). Apenas há três semanas atrás, o CINEMA2000 noticiou que o compositor John Williams ainda estava a trabalhar na banda sonora e não tinha gravado uma única nota. Sabe-se agora que esta etapa foi concluída há uma semana atrás... dias antes do planeado. Steven Spielberg disse a amigos que o seu único filme a ter uma pós-produção (montagem, banda sonora, efeitos, etc.) mais curta foi «Um Assassino pelas Costas», de 1971... e isto porque originalmente era um telefilme. A produtora Kathleen Kennedy, conhecida por criar expectativas que não costuma frustrar, viu o filme finalizado há poucos dias atrás e saiu da sessão completamente "estupefacta", dizendo a um amigo que faz "filmes há 25 anos e este pode ser o seu [de Spielberg] melhor". O filme será mostrado a responsáveis dos estúdios da Universal a 30 de Novembro e os primeiros convites para visionamento começam depois de 1 de Dezembro (dia 8 é a última data em que é possível o filme ser elegível para os primeiros prémios da temporada).

1 comentário:

Pedro disse...

O homem é genial. Vai ter publicidade brutal de borla. Já estou a ver todos os jornais e tvs a falarem do filme de Spielberg sem publicidade.
Depois o filme é um estrondo e os lucros brutais pq não há despesas de publicidade...
O homem é um génio.