terça-feira, 30 de novembro de 2004

"Alexander" mal recebido nos EU

«Alexander», o épico dirigido por Oliver Stone, estreou num dos mais importantes feriados norte-americanos: o Dia da Acção de Graças (Thanksgiving).
A resposta deixou muito a desejar. «Alexandre, o Grande», de Oliver Stone, com Colin Farrell no papel do conquistador grego, e ainda com Val Kilmer, Jared Leto, Rosario Dawson, Angelina Jolie e Anthony Hopkins como narrador, fez apenas $3 milhões e 850 mil dólares esta quarta-feira, 25 de Novembro, no seu dia de estreia. Pior do que este valor é a média de afluência do público por sala, de apenas 1575 dólares, inferior à de «National Treasure», que estreou há seis dias, e apenas ligeiramente superior à de «The Incredibles: Os Super-Heróis», que está no seu 20.º dia de exibição. Esta afluência, adicionado ao facto de se tratar de um filme com quase três horas de duração, deverá colocar em causa um investimento estimado em 150 milhões de dólares. As expectativas eram elevadas, com «Alexander» a ser falado como um dos favoristos às nomeações na próxima edição dos Oscares. Bastante comentado pelas cenas que retratam a alegada bissexualidade do conquistador macedónio, e cobrindo o mesmo território temático de «Gladiador» ou «Tróia», o último filme de Oliver Stone não está a ser ajudado pela crítica, sendo já um dos filmes mais atacados do ano. Desde implicar com o penteado adoptado por Colin Farrell, referindo que Doris Day está de regresso ao cinema, ou que «Macgyver» foi adaptado ao grande ecrã, aos sotaques e interpretação exagerada dos actores, passando pela narração sonolenta de Anthony Hopkins, «Alexander» tem sido considerado aborrecido e confuso, falhando na construção do perfil do conquistador. Oliver Stone disse esta quinta-feira que espera que o seu filme tenha uma melhor recepção na Europa. O realizador está de visita à Suécia, onde irá receber o prémio de carreira no Festival de Cinema de Estocolmo, cidade onde «Alexander» terá a sua estreia europeia. Aos jornalistas referiu que "acho que uma das razões porque estou a ser homenageado aqui na Suécia tem a ver com o facto de me verem de forma um pouco diferente do que nos Estados Unidos. Sobre o épico, referiu que "não é um filme fácil, mas eu também nunca fiz filmes fáceis".

Em Portugal, «Alexandre, o Grande» já foi visto pela imprensa.
Estreia em todo o país a 2 de Dezembro.

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